Entregadores de aplicativos: o pecado da precarização mora em todos os lados
Livros da Boitempo que você pode adquirir por meio de parceria com a RBA, apoiar nosso trabalho e ampliar a análise sobre precarização e direitos
Publicado 05/07/2020 - 22h59
São Paulo – Na última quarta-feira, 1º de julho, a primeira grande paralisação nacional dos entregadores de aplicativos causou impactos significativos no sistema. E contou com grandes manifestações nas principais cidades de todo o país. Com reivindicações como aumento no valor das corridas, fim dos bloqueios indevidos, adição de seguro de roubo, de acidente e de vida, os trabalhadores denunciaram as terríveis condições de trabalho a que são submetidos, agravadas durante a pandemia da covid-19. Apesar de ser o primeiro movimento grevista de trabalhadores ligados à chamada Gig Economy, já houve outras demandas e reclamações anteriores, caso dos motoristas de aplicativos, como Uber e 99, decorrentes da mais conhecida forma de precarização do trabalho.
Compreender a precarização do trabalho no nosso
A Editora Boitempo tem um amplo acervo de obras relacionadas a “uberização” – uma das formas como vem sendo chamada a precarização do trabalho, cinicamente classificada como empreendedorismo por alguns governantes e veículos de mídia. São volumes que você pode adquirir por meio da parceria com a RBA, apoiar nosso trabalho e ter acesso a um debate sobre trabalho e direitos fundamentais
O privilégio da servidão (2ª ed.), de Ricardo Antunes
A nova edição de O privilégio da servidão, do sociólogo e professor Ricardo Antunes, apresenta um retrato detalhado e atualizado da classe trabalhadora hoje, com as principais tendências das novas relações trabalhistas, em que precarizações, terceirizações e desregulamentações tornaram-se parte da regra, e não da exceção. Eis algumas dicas.
A rebeldia do precariado: trabalho e neoliberalismo no Sul global
Nesta obra, o sociólogo Ruy Braga busca fundamentar etnograficamente a crise da globalização neoliberal iniciada em 2008, a partir da comparação entre três países – Portugal, África do Sul e Brasil. A rebeldia do precariado propõe compreender as resistências populares às políticas de espoliação social que acompanham a difusão do neoliberalismo e da precarização do trabalho na semiperiferia do sistema.
Sem maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos
Em seu primeiro livro, a socióloga Ludmila Costhek Abílio, professora da PUC-Campinas, investiga o trabalho de revendedoras de cosméticos da indústria de beleza brasileira. O ponto de partida desse estudo inovador é um exército de aproximadamente 1 milhão de revendedoras (equivalente à população da cidade de Campinas-SP), responsável pelo sucesso comercial de uma das mais importantes e reconhecidas empresas de cosméticos do país, a Natura.
Riqueza e miséria do trabalho no Brasil IV: trabalho digital, autogestão e expropriação da vida
Coletânea organizada pelo sociólogo e professor da Unicamp Ricardo Antunes, a obra explora os novos desenhos das relações de trabalho. Os artigos aqui reunidos, escritos por intelectuais como Ricardo Festi e Luci Praun, indagam-se sobre os rumos da nova morfologia do trabalho com as significativas transformações laborativas que caracterizam o capitalismo na era informacional-digital.
O ardil da flexibilidade: os trabalhadores e a teoria do valor
Este livro do sociólogo Sadi Dal Rosso aparece em um momento delicado da política econômica brasileira, no qual se desfecham ataques devastadores sobre o trabalho e a previdência social, e desempenha um papel crítico contra a destruição de condições de trabalho, construídas durante décadas de lutas sociais pelos trabalhadores.
Adquira essas e outras obras da editora Boitempo pelo nosso link de parceiro afiliado. Você não paga nada a mais por isso e ajuda a manter o nosso trabalho.