Greve nacional

#BrequeDosApps: entregadores fazem mobilização e pedem apoio da sociedade

Categoria faz sua segunda paralisação nacional neste sábado (25) por melhores condições de trabalho

Felipe Campos Mello/Fotos Públicas
Felipe Campos Mello/Fotos Públicas
Além do boicote, entregadores pediram aos consumidores que avaliassem negativamente as empresas nas lojas de aplicativos

São Paulo – Após terem feito sua primeira paralisação nacional em 1º de julho, entregadores de aplicativos realizam neste sábado (25) uma nova mobilização por melhores condições de trabalho. Estão programadas manifestações em diversas cidades do país e nas redes sociais a hashtag #BrequeDosApps tem sido utilizado pelos trabalhadores e também por apoiadores do movimento.

Em seu perfil no Twitter, Paulo Lima, conhecido como Galo, líder dos Entregadores Antifascistas, orienta a respeito de como a população pode ajudar na luta dos entregadores. “Não faça pedidos por App. Avalie os apps com nota baixa na PlayStore ou AppStore, deixando comentário em apoio à greve. Use a #BrequeDosApps. Apoie os Entregadores Antifascistas.”

Personalidades da política também manifestam apoio à greve dos entregadores. “Quando os entregadores e entregadoras enchem as ruas com suas passeatas de motos e bikes se colocam muito acima dos seus patrões. Isso acontece porque é imensa a dignidade e o brilho da trabalhadora em luta, lado a lado de seus iguais”, postou a pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre pelo PCdoB Manuela d’Ávila.

“Começa hoje a segunda paralisação nacional dos entregadores de aplicativo. O #BrequedosApps é para garantir direitos a quem se arrisca nos trazendo mantimentos em segurança. Não peça por aplicativos hoje e ajude o fundo solidário dos entregadores! Todo apoio a categoria!”, disse a deputada federal Talíria Ptrone (Psol-RJ).

Muitos também postaram imagens e textos buscando orientar as pessoas sobre como colaborar com a greve. “Apoie o movimento: – não solicite nenhum serviço de entrega por aplicativos – se tiver que pedir comida ou itens do gênero, dê preferência ao contato direto com restaurantes e o comércio do seu bairro Viva a luta dos trabalhadores!”, postou a deputada federal Margarida Salomão (PT-MG).

Mobilização por direitos

Sem vínculos com as empresas para quem prestam serviço, as condições dos entregadores de aplicativos é de precariedade. Em suas jornadas, que chegam a 12 horas por dia, 30 dias por mês, não contam com vale-refeição, assistência médica e trabalham sob risco constante risco de acidentes – também não têm.

Na primeira paralisação nacional, foram registradas manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Brasília. Na Avenida Paulista, região central da capital, o protesto reuniu cerca de 2 mil motoboys e ciclistas. Em Brasília, houve protesto em frente ao Congresso Nacional e, ao longo do dia, os termos #BrequeDosApps e #GreveDosApps estavam entre os mais comentados no Twitter

Também na primeira paralisação, milhares de pessoas avaliaram negativamente os aplicativos Ifood, Rappi, Uber Eats, Loggi e James. As cinco companhias haviam recebido 53.411 avaliações até as 17h de 1º de julho, e em 98% delas, os usuários atribuíram às empresas uma estrela, o critério mais baixo de avaliação.


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