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Metalúrgicos defendem 300 empregos em fábrica de autopeças no ABC

Kostal, em São Bernardo, anunciou fim das atividades, por decisão da matriz alemã. Sindicato tenta negociação

Fotos Adonis Guerra/SMABC
Fotos Adonis Guerra/SMABC
Trabalhadores fizeram assembleia e passeata hoje. Wagnão acredita que é possível discutir alternativas para manter a fábrica na região

São Paulo – Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Kostal, de São Bernardo, tiveram nesta quarta-feira (10) nova reunião. Dias atrás, a empresa comunicou que sua matriz alemã decidiu encerrar atividades na fábrica da Vila Pauliceia, que tem aproximadamente 300 funcionários. Com unidades no interior paulista e em Manaus, a Kostal, uma das líderes globais em sistemas elétricos, entre outros componentes, está em São Bernardo desde 1978.

O presidente do sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, participou de assembleia na porta da fábrica de autopeças, hoje pela manhã, seguida de passeata. Os trabalhadores decidiram manter-se mobilizados pela permanência da empresa na região.K

Fundada em 1912 na Alemanha, como LK, a Kostal chegou ao Brasil em 1978, exatamente no ABC. A empresa também tem unidades em Cravinhos (SP) e Manaus.

Os metalúrgicos querem discutir alternativas para preservar a fábrica de São Bernardo. Para isso, também buscam contatos com a matriz da Kostal. A prefeitura, o governo estadual e o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC já foram acionados.

A decisão foi comunicada ao sindicato no último fim de semana. A empresa – que opera em 17 países, com 20 mil empregados pelo mundo, sendo 1.100 no Brasil – pretende concentrar parte da produção no México. Em rede social, a Kostal informou que vai manter as duas unidades de Cravinhos e que está se adequando à nova realidade brasileira.


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