Outra pauta

Metalúrgicos da CUT em São Paulo entregam pauta e farão campanha com foco no emprego

Sindicalistas esperam valorização do trabalhador durante a crise. No ABC, categoria elege nova direção

Adonis Guerra/SMABC
Adonis Guerra/SMABC
Funcionário da Volks, Wagnão ficará mais três anos à frente do sindicato no ABC

São Paulo – A direção da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT em São Paulo (FEM-CUT) entregou nesta semana a pauta de reivindicações às representações patronais. Por causa da pandemia, a entrega foi virtual. E o foco da campanha salarial deste ano também está ligado à crise sanitária, com destaque para as condições de trabalho e a manutenção do emprego na base.

“Reconhecemos o momento de crise, mas as empresas precisam saber que o maior patrimônio delas não são as máquinas ou uma prensa alemã e sim a peãozada. E o maior patrimônio do trabalhador é seu emprego”, afirmou o diretor do sindicato do ABC Moisés Selerges. “O trabalhador não pode ser o alvo da redução de despesas”, acrescentou. Segundo ele, vários representantes patronais reclamaram da dificuldade de acesso ao crédito já anunciado pelo governo.

A pauta foi entregue a nove grupos ou sindicatos patronais. As montadoras têm negociação à parte.

Eleição no ABC

A chapa liderada pelo atual presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, foi eleita para comandar a entidade nos próximos três anos. A segunda fase da eleição, feita de forma virtual, foi realizada na quarta e na quinta-feira (24 e 25). Na primeira, em março, foram escolhidos os 193 representantes dos comitês sindicais.

Na apuração, concluída nesta sexta-feira (26), a chapa única comandada por Wagnão, funcionário da Volkswagen, foi eleita com 97,7% dos votos. O novo mandato começa em 19 de julho.

O secretário-geral da entidade, Aroaldo Oliveira da Silva, ressaltou que o presidente vem conduzindo a categoria “num dos piores momentos da história do Brasil”, o que exige participação e mobilização de toda a base. “A gente gente acredita na democracia participativa”, afirmou acrescentando que é preciso “em primeiro lugar neste momento manter a vida e a saúde”.