Bancários de São Paulo e metalúrgicos do ABC fazem eleições virtuais em meio à pandemia
De 1º a 5 de junho, bancários de São Paulo, Osasco e região elegem a nova direção do sindicato para o triênio 2020-23. Em 24 e 25, é a vez dos metalúrgicos votarem no segundo turno das eleições
Publicado 01/06/2020 - 10h21
São Paulo – Em meio à pandemia de coronavírus, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC farão eleições a distância este mês. O bancários iniciam nesta segunda-feira (1º) o processo eleitoral que vai definir a diretoria da entidade para o triênio 2020-23. A eleição virtual vai até a próxima sexta-feira (5). A eleição nos metalúrgicos será no final do mês.
Pelo site do sindicato, os trabalhadores poderão votar em uma das chapas em disputa. Para aqueles que não têm acesso à internet em casa, a entidade oferece terminais de votação na sede, que fica no centro de São Paulo, e também nas regionais Paulista e Osasco.
“O sindicato nunca teve tanta importância quanto nessa pandemia. Sabemos que os sindicatos que são fortes e organizados, estão conseguindo fazer boas negociações para as categorias”, afirma a presidenta da entidade, Ivone Silva, à repórter Daiane Ponte, para o Seu Jornal, da TVT.
Ela ressalta que a participação da categoria nas eleições fortalece o sindicato, em meio à onda de ataques do governo Bolsonaro às organizações sindicais. “Este é o momento em que os trabalhadores têm a chance de se fortalecer para impedir o avanço desses ataques.”
Segundo turno no ABC
Os metalúrgicos do ABC realizam eleição, entre os dias 24 e 25. Serão eleitos os integrantes do Conselho da Executiva e do Conselho Fiscal para a gestão 2020/2023. O primeiro turno, ocorrido em março, ainda antes das medidas de isolamento, elegeu os comitês sindicais nas empresas.
Com a maioria da categoria em casa, com contrato de trabalho suspenso ou em regime de home office, a votação do segundo turno ocorrerá virtualmente.
Para o secretário-geral do sindicato, Aroaldo Oliveira, os desafios impostos pela pandemia demandam união, organização e solidariedade da categoria. “Só a presença dos trabalhadores nas urnas credencia a direção a continuar discutindo os problemas da categoria no dia a dia”, afirma.