No Brasil, Santander recusa-se a respeitar protocolo sanitário e proteger os bancários, denuncia sindicato
Na Espanha, banco segue as recomendações das autoridades locais para proteger os trabalhadores. Bancários de São Paulo apontam falta de respeito com trabalhador brasileiro
Publicado 25/05/2020 - 21h07
São Paulo — Em meio à crescente pandemia de coronavírus, os bancários do Santander no Brasil enfrentam mudanças constantes de protocolos, quase sempre resultando na flexibilização de medidas de proteção e ampliando a ameaça de contágio dos trabalhadores. Eles citam falta de materiais de proteção, desrespeito à negociação com a representação dos trabalhadores, recusa em cumprir orientações do governo estadual, falta de apoio para funcionários em grupo de risco se afastarem, cobrança de metas abusivas e comunicação ineficiente com funcionários e clientes.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, essa situação é diferente da forma como o Santander tem atuado em relação aos trabalhadores da matriz. Na Espanha, há uma gestão mais responsável, que respeita a negociação coletiva e as recomendações das autoridades locais para a proteção de bancários e clientes.
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“Mais uma vez, o Santander trata os bancários brasileiros, que garantem a maior fatia do lucro global, com extrema irresponsabilidade e desrespeito, e de uma forma muito diferente da qual trata os trabalhadores da matriz espanhola. Isso não é novidade, tendo em vista que os funcionários brasileiros não possuem isenção de tarifas, ao contrário dos trabalhadores da Espanha e Reino Unido”, critica a diretora do Sindicato e bancária do Santander Vera Marchioni.
“Agora, em meio a uma pandemia, essas diferentes formas de tratamento podem significar a diferença entre o contágio ou não e, em última instância, entre a vida e a morte. Cobramos que o Santander, com urgência, opte pelo caminho da responsabilidade, intensificando medidas de proteção de bancários e clientes, o que passa por respeitar o que foi acordado, em mesa de negociação, com a representação dos trabalhadores. O momento é de priorizar vidas, não o lucro”, acrescenta a também diretora do sindicato e bancária do Santander Lucimara Malaquias.
Compare o tratamento que o banco dá aos trabalhadores de cada país:
Com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.