Assembleia

Metroviários de São Paulo suspendem greve, mas mantêm mobilização

Sindicato da categoria alega que empresa não pagou, como deveria, a participação nos resultados. Ainda em São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus aprovaram pauta de reivindicações

@paulo.iannone / Sindicato dos Metroviários de São Paulo
@paulo.iannone / Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Metroviários vão manter o estado de greve e podem paralisar os serviços na próxima semana

São Paulo – Em assembleia realizada na noite de hoje (3) e encerrada por volta de 20h30, os metroviários de São Paulo decidiram suspender a greve que estava prevista para esta quarta-feira. Eles, no entanto, mantêm o estado de greve e esperam que a empresa abra negociação. O sindicato da categoria relatou também hoje problemas na Linha 15-Prata, que permaneceu parada.

De acordo com o Sindicato dos Metroviários, haverá nova assembleia na próxima terça-feira (9), com indicativo de greve para o dia seguinte, caso não haja pagamento da primeira parcela da participação nos resultados (PR). Esse tema foi discutido durante a tarde, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2).

O sindicato alega que a Companhia do Metropolitano (Metrô) não pagou, como deveria, a PR, em 28 de fevereiro, com base em liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A entidade afirma que isso contrariou uma decisão judicial que pôs fiz à campanha salarial do ano passado. Na reunião de hoje no TRT, ficou definido que a empresa deverá pagar a primeira parcela daqui a uma semana, pelo valor mínimo.

“Além disso, a empresa realiza uma série de ataques”, diz o sindicato. Ao interromper unilateralmente as negociações, retirou o pagamento de adicional de periculosidade dos trabalhadores nas áreas de pintura, oficinas de pintura e escada rolante. Esse tema também foi discutido no TRT.

Motoristas de ônibus

Ainda no transporte coletivo, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo aprovou a pauta de reivindicações referente à campanha salarial deste ano. Segundo a entidade, mais de 5 mil trabalhadores participaram de assembleia, nesta segunda-feira (2), no CMTC Clube.

Também foi eleita a comissão de negociação. Entre os principais itens da pauta, está reposição da inflação acumulada em 12 meses, até abril, véspera da data-base (também 1º de maio) e aumento real de 3%. Eles reivindicam ainda participação nos lucros ou resultados (PLR) de R$ 2.200.