Empresa cumpre ‘cláusula de paz’ e greve dos metroviários é descartada
Empresa pagou a primeira parcela da participação nos resultados (PR), mas outros itens seguem pendentes e serão debatidos no dia 16
Publicado 09/03/2020 - 19h14
São Paulo – Com o pagamento da primeira parcela da participação nos resultados (PR), a greve dos metroviários de São Paulo, cogitada pela categoria para esta terça-feira (10), foi descartada pela categoria. Mesmo a assembleia prevista para hoje (9) não foi realizada, diante do cumprimento da chamada “cláusula de paz” proposta na semana passada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) à Companhia do Metropolitano e ao sindicato da categoria.
Os trabalhadores ameaçavam interromper atividades diante do impasse sobre o pagamento da PR e devido a mudanças em relação ao adicional de periculosidade, entre outras questões.
A PR foi objeto de julgamento no próprio TRT em 2019, quando foi determinado que o Metrô pagasse no mínimo o valor do ano anterior, corrigido pelo IPC-Fipe. Mas em janeiro deste ano a empresa conseguiu liminar no Tribunal Superior do Trabalho (TST), levando os metroviários a decretar greve.
O desembargador Davi Furtado Meirelles presidiu audiência de conciliação na segunda-feira (3), propondo que a empresa suspenda alterações contratuais relativas ao adicional de periculosidade e à mudança de turnos, até que haja acordo sobre esses itens.
Durante o encontro, a companhia disse ser possível o pagamento de um mínimo de R$ 3.142,98 a cada funcionário, o que ocorreu hoje. Diante disso, o sindicato suspendeu a assembleia desta noite, que discutiria a possível greve.
As conversas, no entanto, vão continuar na próxima segunda-feira (16), em nova audiência no TRT, a partir das 15h. Entre as questões que devem ser discutidas, está a do pagamento da segunda parcela do adicional.