Liderança

Felício deixa legado de luta pela educação e pela classe trabalhadora, afirma Bebel

Deputada e presidenta da Apeoesp fala na ‘Rádio Brasil Atual’ sobre a importância de João Felício, que morreu nesta quinta-feira em São Paulo

Guilherme Santos/Sul21
Guilherme Santos/Sul21
“O João deixa um legado, o legado da luta não só pela educação pública de qualidade, mas também pelos direitos”, afirmou Bebel

São Paulo – O professor João Felício, de 69 anos, que morreu de câncer na madrugada desta quinta-feira (19) em São Paulo, deixa um legado importante para a luta por direitos pela classe trabalhadora. Essa é a opinião da presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a deputada estadual (PT) Maria Izabel Noronha, a Bebel.

“O João deixa um legado, o legado da luta não só pela educação pública de qualidade, mas também pelos direitos”, afirmou, lembrando que Felício, além de ter sido presidente da Apeoesp, foi também presidente da CUT e comandou a Confederação Sindical Internacional (CSI) até 2018.

Bebel falou sobre a atuação sindical de Felício em entrevista na tarde desta quinta-feira (19) ao jornalista Rafael Garcia, no Jornal Brasil Atual, da Rádio Brasil Atual. A deputada e representante dos professores analisou também a suspensão pela Justiça da Proposta de Emenda à Constituição estadual, que trata da reforma da Previdência dos servidores públicos em São Paulo.

“O desembargador indica que os efeitos da reforma sejam suspensos, porque tão logo ela foi aprovada, ela foi promulgada pelo presidente da Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador, com o impacto da mudança para todos”, afirmou.

Ela diz que a reforma representou um processo cheio de vícios, como artigos que foram colocados quando o projeto foi sancionado pelo governador João Doria e não pela Assembleia. “Isso é um vício de tramitação, isso não pode”, afirmou.

“Essa luta jurídica vai ficar por um tempo, e temos de apostar na vitória dos servidores públicos do estado”, defendeu. “Conseguimos demonstrar que o projeto estava eivado de inconstitucionalidades”, disse ainda.

Na entrevista, a deputada também comentou sobre determinação do governador João Doria, que colocou os professores da rede pública de férias a partir da próxima segunda-feira (23) em função da pandemia do coronavírus.

Bebel disse que considera o governador irresponsável, pois ele teria que ter suspenso já quando a pandemia foi anunciada. “Já tem professores com o coronavírus que estão sendo medicados”, afirmou.

Confira a entrevista