Correios não descartam recorrer à Justiça contra resultado do dissídio coletivo no TST
Empresa chegou a informar que acataria "integralmente" a decisão do tribunal, mas já admite recurso. Sindicalistas falam em "terrorismo"
Publicado 16/10/2019 - 15h31
São Paulo – Depois de anunciar que acataria “integralmente” o resultado do julgamento do dissídio coletivo, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pode rever sua posição quanto à decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que no dia 2 fixou reajuste salarial de 3% na data-base (1º de agosto). Hoje, a companhia, que o governo pretende privatizar, foi incluída formalmente, por decreto, no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
“A empresa está avaliando as medidas judiciais cabíveis e aguarda a publicação do acórdão para manifestação”, informou a ECT, por meio de sua assessoria de imprensa. Ontem, os Correios reajustaram valores de serviços de postagem de encomendas.
De acordo com o jornal Valor Econômico, a empresa irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o julgamento do TST, realizado no dia 2. “Temos avaliado todas as opções jurídicas, administrativas e operacionais para minimizar o impacto do novo acordo coletivo de trabalho”, declarou presidente da empresa, general Floriano Peixoto.
Para a Fentect, federação nacional dos trabalhadores, a empresa faz “terrorismo”, ao afirmar que vai recorrer em nome de sua “saúde financeira”. Ontem, sindicalistas instalaram o Comitê em Defesa dos Correios – “público, de qualidade e a serviço do povo brasileiro”.