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Correios não descartam recorrer à Justiça contra resultado do dissídio coletivo no TST

Empresa chegou a informar que acataria "integralmente" a decisão do tribunal, mas já admite recurso. Sindicalistas falam em "terrorismo"

Reprodução/YouTube
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Julgamento do dissídio dos Correios no último dia 2, quando TST fixou reajuste de 3%. Empresa pode ir ao Supremo

São Paulo – Depois de anunciar que acataria “integralmente” o resultado do julgamento do dissídio coletivo, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pode rever sua posição quanto à decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que no dia 2 fixou reajuste salarial de 3% na data-base (1º de agosto). Hoje, a companhia, que o governo pretende privatizar, foi incluída formalmente, por decreto, no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

“A empresa está avaliando as medidas judiciais cabíveis e aguarda a publicação do acórdão para manifestação”, informou a ECT, por meio de sua assessoria de imprensa. Ontem, os Correios reajustaram valores de serviços de postagem de encomendas.

De acordo com o jornal Valor Econômico, a empresa irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o julgamento do TST, realizado no dia 2. “Temos avaliado todas as opções jurídicas, administrativas e operacionais para minimizar o impacto do novo acordo coletivo de trabalho”, declarou  presidente da empresa, general Floriano Peixoto.

Para a Fentect, federação nacional dos trabalhadores, a empresa faz “terrorismo”, ao afirmar que vai recorrer em nome de sua “saúde financeira”. Ontem, sindicalistas instalaram o Comitê em Defesa dos Correios – “público, de qualidade e a serviço do povo brasileiro”.

 

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