Sob risco

Bolsonaro quer acabar com estabilidade e diminuir número de servidores federais

Governo planeja aprovar reforma administrativa logo após a tramitação da PEC da Previdência. Medidas representam desmonte do serviço público com prejuízos para os trabalhadores

Alan Santos/PR
Alan Santos/PR
Bolsonaro e seu guru econômico, Paulo Guedes, preparam projeto de 'reforma' administrativa que prejudicará servidores

São Paulo – O governo Bolsonaro prepara mais um ataque contra direitos trabalhistas. Depois de concluída a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, de “reforma” da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá apresentar uma proposta de “reforma” administrativa, atingindo os servidores públicos federais. A votação da PEC 6 está prevista para a próxima terça-feira (22).

Segundo André Accarini, no portal da CUT, entre as medidas já anunciadas estão revisão de licenças e gratificações, avaliação de desempenho, fim da estabilidade para novos servidores e regras de transição para os atuais servidores, criação de contratos temporários e aproximação de salários aos de trabalhadores do setor privado. O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, contesta a afirmação recorrente de “máquina inchada” e funcionários “privilegiados”. “Bolsonaro e sua equipe econômica desconhecem a realidade salarial da maioria dos servidores e mantem ao defender a necessidade de mudanças no setor”, afirma.

O dirigente rebate todas as afirmação: os salários não são altos, a estabilidade protege o servidor de maus gestores e há déficit de pessoal – e não excesso. Ele observa que são esses trabalhadores os responsáveis pela qualidade do serviço prestado à população.

A Condsef participará de ato convocado pela CUT para o próximo dia 30, diante do Ministério da Economia, em defesa do patrimônio público e por políticas de criação de emprego e renda. “Daremos um recado claro ao governo Bolsonaro que não aceitaremos mais esse ataque aos funcionários públicos federais”, diz Sérgio Ronaldo.

Confira aqui a íntegra do texto.

* Com informações da CUT