14J

Greve geral: Metrô ‘funciona’ apenas na região central de São Paulo

Coordenador do sindicato afirma que esquema "de contingência" na região central é "marketing" para passar a impressão de normalidade, mas a utilização é precária

Divulgação/CUT
Divulgação/CUT
Maioria das estações do metrô de São Paulo amanheceu fechada durante a greve geral

São Paulo – Em função da greve geral dos trabalhadores desta sexta-feira (14) contra a “reforma” da Previdência, as linhas do metrô de São Paulo funcionam parcialmente, apenas em curtos trechos da região central. A adesão do turno da noite foi praticamente total, e a maioria dos trabalhadores aderiu à paralisação também durante a manhã. Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo, a companhia montou esquema “de contingência” para dar suposta impressão de normalidade, mas o movimento grevista é considerado vitorioso.

Na estação Jabaquara, da Linha 1-Azul, o movimento de trabalhadores e usuários do metrô era praticamente inexistente durante amanhã, o que revela ampla adesão à greve. “É uma questão importante porque a população está demonstrando que a reforma da Previdência não interessa para o povo”, afirmou Fajardo em entrevista aos jornalistas Marilú Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual.

Com menos pessoas circulando pelo sistema, o esquema montado pela companhia mantém funcionando trecho que vai da estação Luz à Ana Rosa, na Linha 1-Azul. Na Linha-2 Verde, funciona trecho entre as estações Chácara Klabin e Clínicas, e na Linha 3-Vermelha, apenas entre as estações Bresser e Santa Cecília.

Além de operar com maior tempo de parada, devido a falta de funcionários, os trens carregam poucos passageiros, já que esse trecho da região central não atende à maior parte da população da capital. O mesmo ocorre, segundo Fajardo, nas estações das linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela iniciativa privada, que estão abertas, mas com baixo fluxo de usuários. Fajardo destacou que, nestas linhas, as concessionárias perseguem trabalhadores que tentam se sindicalizar. “A luta continua, porque a ‘reforma’ da Previdência prejudica a todos nós.”

Ouça a íntegra da entrevista

Leia também

Últimas notícias