Ainda sem acordo

Com mediação do Judiciário, greve no setor elétrico deverá ser suspensa

TST tentará um entendimento entre a FNU-CUT e a Eletrobras, no sentido de evitar demissões e garantir reajuste salarial

TST
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Reunião no TST, ontem, entre representantes dos trabalhadores e da Eletrobras: conversas continuam

São Paulo – Depois de reunião intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta quarta-feira (26), a greve dos funcionários do sistema Eletrobras, prevista para começar segunda-feira (1º), deve ser suspensa. O TST informou que a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU-CUT) concordou com a proposta feita pelo vice-presidente, ministro Renato de Lacerda Paiva, que inclui prorrogação do acordo coletivo até o final de julho.

Ainda de acordo com o tribunal, a paralisação afetaria a Eletrobras e subsidiárias, como Eletronorte, Furnas, Chesf, Amazonas GT, Eletrosul, Eletronuclar e Cepel. O acordo coletivo tinha validade até 30 de abril.

“A empresa, desde o início das negociações, insistiu na exclusão de cláusulas históricas, especialmente aquelas que protegem a categoria contra a DEMISSÃO EM MASSA”, afirma a FNU. “Após a sexta rodada de negociação, não houve avanços, uma vez que a Eletrobras manteve a posição de retirar direitos. Nesse sentido, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) solicitou a abertura de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com o objetivo de buscar uma solução consensual. Só então a empresa aceitou retomar as negociações.”

Em relação ao reajuste salarial, a proposta da Eletrobras foi de 1,5%. O INPC-IBGE acumulado em 12 meses, até abril, é de 5,07%.