São Paulo – O Brasil contava com 1.686.156 trabalhadores do ramo metalúrgico em 2017, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), até o ano passado sob responsabilidade do agora extinto Ministério do Trabalho e agora no Ministério da Economia. De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, daquele total, 725.126 concentram-se no estado de São Paulo e 194.030, em Minas Gerais.

Os dados foram divulgados pela secretaria devido à proximidade do dia 21, celebrado pelos metalúrgicos, que têm em Tiradentes seu patrono. Após um período de recuperação, o número de trabalhadores no setor voltou a diminuir. Em 2010/11, eram aproximadamente 2,4 milhões.

O segmento tem diversas normas regulamentadoras (NRs), entre as quais se destaca a 12, sobre requisitos de segurança para máquinas e equipamentos. A NR 12, que já foi objeto de campanha da Confederação Nacional da Indústria (CNI) –  a entidade patronal chegou a pedir suspensão da norma ou revisão de prazos previstos para adequação das empresas.

Segundo o auditor-fiscal do Trabalho Jeferson Seidler, as principais preocupações em relação à saúde e segurança na área metalúrgico relacionam-se à proteção no uso de máquinas e aspectos ligados à ergonomia, que podem aumentar o risco dos chamados transtornos osteomusculares (LER/Dort) “e mentais, sobretudo a ansiedade e a depressão”. Ainda de acordo com o auditor e também médico do Trabalho, outras ocorrências comuns são fraturas e amputações ao nível do punho ou da mão – em 2018, foram registrados 3.690 e 428 casos dessa natureza, respectivamente.

No último dia 3, a secretaria lançou a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. No ano passado, os dados de 2017 mostram 549 mil acidentes registrados.