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Trabalhadores fazem atos contra a reforma da Previdência em todo o país

De metalúrgicos a quebradeiras de coco, passando por operários da construção civil, trabalhadores de diversas categorias protestaram contra a proposta do governo que restringe acesso às aposentadorias

Roberto Parizotti/CUT

Metalúrgicos da Mercedes e da Ford saíram em passeata no ABC contra a reforma da Previdência

São Paulo – Em todo o Brasil, trabalhadores realizaram, durante a manhã desta sexta-feira (22), atos públicos, caminhadas e panfletagens, como atividades do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência. Eles criticam a proposta de “reforma” do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que, entre outras medidas, prevê o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para homens e mulheres e reduz valores dos benefícios, além de não enfrentar privilégios e favorecer o setor financeiro. 

Os atos desta sexta também server de “esquenta” para uma eventual greve geral, caso o governo pretenda colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que tramita em fase inicial na Câmara. Nas redes sociais, os trabalhadores também protestaram, promovendo um “tuitaço” com a hashtag #LutePelaSuaAposentadoria, que ainda ocupa a primeira posição entre os temas discutidos.

No ABC paulista, uma caminhada uniu trabalhadores da Mercedes-Benz e da Ford, contra as mudanças nas aposentadorias. Assembleias foram realizadas em 70 outras fábricas do setor metalúrgico, nas cidades da região e também em São Paulo e Mogi das Cruzes, envolvendo cerca de 25 mil trabalhadores, que alertaram a população dos riscos representados pela proposta de Bolsonaro.

Em Osasco, outro município da Grande São Paulo, bancários do Bradesco realizaram panfletagem no local onde fica a sede do banco. Em Guarulhos, trabalhadores da construção civil da empresa Gail atrasaram a entrada do turno, para dizer não à reforma. Também houve atos em Limeira e Campinas, no interior paulista. Em São José dos Campos, participaram metalúrgicos da General Motors, Heatcraft, Prolind, Panasonic e Eaton, segundo o sindicato da região, informando ainda que houve assembleias na Latecoere e Armco (Jacareí) e na MWL (Caçapava). Foram registrados também atrasos em fábricas de outros setores, como a Basf (indústria química) e Heinneken (alimentação), ambas em Jacareí.

As mobilizações deste dia 22 estão sendo convocadas pelas centrais CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical e Nova Central. Na capital paulista, os trabalhadores de todas as categorias se preparam para uma grande manifestação conjunta, a partir do fim da tarde, na Avenida Paulista

No Rio, trabalhadores da zona industrial de Santa Cruz, na zona oeste da cidade, também protestaram contra a “reforma” da Previdência. Petroleiros realizaram atos na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, no terminal aquaviário em Ipojuca, em Pernambuco, e na unidade de produção de xisto, em São Mateus, no Paraná.    

No Piauí, foram registradas mobilizações na capital, Teresina, e na cidade de Parnaíba. Em Pernambuco, os trabalhadores também se mobilizaram nas cidades de Petrolina e no Recife. Em Fortaleza, a mobilização contou com a participação de operários da construção civil e diversas outras categorias, que enfrentaram a chuva para se manifestarem contra a “reforma” da Previdência. Em Salvador, os manifestantes se concentraram na Rótula do Abacaxi. De lá, saíram em caminhada pelo centro da cidade, em defesa das aposentadorias.

Na região centro-oeste, também pela manhã, os trabalhadores realizaram atos na cidade de Goiânia. No Norte do país, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência contou com participação das quebradeiras de coco do município de Sítio Novo, em Tocantins. Também houve mobilização, na capital, Palmas. No Amapá, os trabalhadores de Macapá também se mobilizaram. No Sul, o período teve protesto na cidade paranaense de Maringá.

CUT/Divulgaçãoeletricitários
Eletricitários, em Presidente Prudente (SP)

 

CUT/DivulgaçãoQuebradeiras
Quebradeiras de coco, em Sítio Novo (TO)
CUT/DivulgaçãoMaringa
Trabalhadores protestam em Maringá (PR)
CUT/DivulgaçãoPetroleiros
Petroleiros em São Mateus do Sul (PR)
CUT/DivulgaçãoSanta Cruz
Trabalhadores da zona industrial de Santa Cruz, na capital fluminense (RJ)

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