Reestruturação

Metalúrgicos de São José votam nesta quinta proposta da GM

Assembleia seria realizada na tarde desta quarta-feira, mas foi adiada por causa da chuva. Empresa vincula investimentos a 'redução de custos'

Divulgação/SindmetalSJC

Protesto dos trabalhadores da GM de São José na semana passada: contra retirada de direitos

São Paulo – Os trabalhadores da General Motors em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista, realizam nesta quinta-feira (7) à tarde assembleia para avaliar proposta da montadora para, segundo a GM, reduzir custos e garantir investimentos. Eles iriam se reunir na tarde de hoje, mas o Sindicato dos Metalúrgicos decidiu cancelar a assembleia por causa da chuva.

O “pacote” da empresa tem 10 itens, dos 28 originais, e inclui congelamento dos salários neste ano. O reajuste seria substituído por um abono. No ano que vem, haveria aumento equivalente a 60% da variação do INPC-IBGE e abono. O reajuste integral voltaria em 2021. 

A proposta inclui ainda redução do piso salarial para R$ 1.700, no caso de futuros contratados. O atual é de R$ 2.300. Também seria reduzido o percentual do adicional noturno. A estabilidade para portadores de doenças profissionais foi mantida.

O sindicato procura deixar claro que é contra medidas que reduzem direitos. “Nós não concordamos com os planos de reestruturação da GM e o fechamento de fábricas. Sempre iremos defender os empregos e direitos, e a decisão final caberá aos trabalhadores”, diz o vice-presidente da entidade, Renato Almeida.

A fábrica de São José, que produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de motores e transmissões, tem aproximadamente 4.800 funcionários. Em São Caetano do Sul, no ABC paulista, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, disse que “está se construindo um acordo para garantir a viabilidade da empresa”, acrescentando que a entidade “já deu sua contribuição”. A unidade tem em torno de 8.500 empregados.

 

 

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