Mobilização

CUT a Mourão: mudanças na Previdência não podem retirar direitos

'Essa reforma da Previdência que está sendo posta na mídia não tem a nossa concordância. Não vamos aceitar nenhuma proposta que retire nossos direitos', defendeu o presidente da CUT, Vagner Freitas

Marcelo Camargo/ABR

Wagnão, dos metalúrgicos, e Vagner, da CUT: em defesa do emprego, direitos e políticas para o setor industrial

São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse hoje (7) ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que a central não aceitará uma “reforma” da Previdência Social que tire direitos. E acrescentou que, nesse caso, a entidade irá reagir contra a proposta do governo, ainda não divulgado de forma oficial, embora especulações apontem para mudanças prejudiciais aos trabalhadores. O encontro foi em Brasília, também com a presença do secretário-geral da central, Sérgio Nobre, e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, conforme relata a jornalista Vanilda Oliveira, na portal da CUT

A reunião era para discutir criação de empregos e a pressão feita pelas montadoras Ford e General Motors para mexer em direitos em troca de investimentos. “Aproveitamos o ensejo para dizer ao vice-presidente do País que essa reforma da Previdência que está sendo posta na mídia não tem a nossa concordância. Não vamos aceitar nenhuma proposta que retire nossos direitos”, enfatizou Vagner Freitas. “Os trabalhadores sabem que o nosso papel aqui é defender o emprego, a indústria brasileira de qualidade para que ela gere empregos de qualidade. Defendemos uma Previdência Social pública, para todos, que não se torne poupança de banqueiro”, acrescentou, citando modelo defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de capitalização.

Wagnão entregou carta a Mourão sobre a necessidade de estimular o setor industrial. “Nós elencamos os problemas e dissemos ao Mourão que o país tem de ter uma indústria forte que gere empregos, e empregos de qualidade. Temos de ter uma indústria que transforme, com novas tecnologias, e que, para isso, precisamos de incentivos, de um BNDES fortalecido, de um sistema de qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras que prepare para um Brasil competitivo”, afirmou. Leia a íntegra da carta aqui

O presidente da CUT destacou a importância da representação sindical. “Porque não existe democracia sem sindicatos fortes. Não existe democracia sem que os trabalhadores tenham legislação que os protejam.” E lembrou que no próximo dia 20 haverá uma “assembleia nacional da classe trabalhadora”, organizada pelas centrais sindicais. O ato em São Paulo está marcado para a Praça da Sé.

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