Fiscalização

Sindicalistas contestam que regulação das mineradoras trava postos de trabalho

'Tem como manter o emprego seguro e com segurança, depende de um conjunto das autoridades e dos governos', defende presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Minas Gerais

CC 2.0 Usace

Na Rádio Brasil Atual, sindicalistas acrescentam a necessidade de aprovação de projetos que endurecem leis para o setor

São Paulo – O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas do Estado de Minas Gerais, José Maria Soares, rebateu em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual, os argumentos que colocam em lados opostos a luta por melhores condições trabalhistas e ambientais, e a garantia dos postos de trabalho dentro de cidades mineiras que dependem economicamente das indústrias de mineração. Para Soares, a tragédia em Brumadinho ocasionada pelo rompimento de barragens administradas pela Vale, revelam o descompasso entre as empresas mineradoras com a fiscalização pública.

“Tem como manter o emprego seguro e com segurança, depende de um conjunto das autoridades e dos governos. Há ainda outros projetos (de leis) que têm e que podem ser apresentados, mas que dependem do Congresso, das assembleias legislativas e estaduais que tratam de como fazer essas barragens com segurança, de forma que se mantenham os postos de trabalho, o desenvolvimento e progresso da região, do Brasil e do mundo”, afirma.

O presidente do Sindicato Metabase de Brumadinho, Augustinho José de Sales, que também acompanhava a entrevista, acrescentou ao crime ambiental como uma tragédia trabalhista e relembrou que a situação poderia ter sido evitada com a transferência da área administrativa para outra região, mais distante da barragem, proposta, segundo Sales, há três anos. “Não aconteceu porque a empresa não liberou recurso, porque foi gananciosa.” 

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