Mobilização

Metalúrgicos do ABC podem parar por reajuste salarial

Rodadas de negociação, dentro do contexto da 'reforma' trabalhista, estão pautadas na renovação das cláusulas sociais e na conquista de aumento real

TVT/Reprodução

Luizão, da FEM-CUT: objetivo é conseguir renovar acordo coletivo por dois anos, preservando as cláusulas sociais

São Paulo – Em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (3) pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a categoria aprovou a entrega do aviso de greve para os grupos patronais e rejeitou a proposta econômica do setor – reposição da inflação medida pelo INPC no período, 3,64%. O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, criticou a posição dos patrões e ressaltou a necessidade de luta para avançar na campanha salarial. “O resultado prático da ‘reforma’ trabalhista é a arrogância dos patrões na mesa de negociação. O nosso posicionamento é pela reposição da inflação, aumento real e, além disso, pelas cláusulas sociais, que são extremamente importantes neste momento para garantir direitos”, afirmou.

Em entrevista ao Seu Jornal, da TVT, o presidente da Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da (FEM-CUT/SP), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, destacou que esta campanha salarial não abrirá mão do aumento real e dos reajustes salariais, mas que tem uma preocupação especial para garantir outros direitos já conquistados pela categoria.  “A ideia é que a gente tente chegar a um acordo que tenha uma duração de dois anos no aspecto das cláusulas sociais”, acrescenta. 

Os setores patronais já estão negociando as convenções coletivas com base nas novas leis trabalhistas para atender aos interesses das empresas, segundo avalia a integrante da Secretaria das Mulheres da FEM-CUT/SP Andrea Sousa. ”Engana-se aquele trabalhador que achar que a reforma trabalhista não vai acontecer”, adverte Andrea.

O coordenador do Comitê Sindical dos Trabalhadores da Mercedes-Benz, Max Pinho, alerta ainda que, assim como o setor patronal mobiliza-se pela eleição de parlamentares que estejam alinhados aos seus interesses, os trabalhadores também precisam nestas eleições buscar representantes. “Eles (patrões) fazem campanha, investem muito também nos candidatos para representar eles lá no Congresso, porque é lá que eles vão conseguir mudar a lei e retirar direitos dos trabalhadores”, afirma.

Assista à íntegra da reportagem:

Leia também

Últimas notícias