Campanha salarial

Trabalhadores do setor químico buscam reduzir impactos da reforma trabalhista

Sindicato da categoria em São Paulo reivindica que a negociação da jornada de trabalho seja feita com a presença de dirigentes sindicais e pede a proibição de gestantes em locais insalubres

TVT/Reprodução

Negociação sobre aumento real: sindicato da categoria avalia que perspectiva é positiva devido aos resultados do setor

São Paulo – A manutenção dos direitos conquistados na convenção coletiva será o eixo central dos químicos na campanha salarial deste ano. A pauta aprovada na sexta-feira (21) reivindica as cláusulas alteradas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela “reforma” trabalhista e propõe a discussão sobre a negociação da jornada apenas com a presença dos dirigentes, a proibição do trabalho de gestantes em locais insalubres e aumento real de salário (acima da inflação).

De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, a expectativa é positiva, já que o setor apresentou bons resultados mesmo neste período de crise econômica. Só no setor de tintas e vernizes, o faturamento líquido cresceu 4,1% entre 2016 e 2017 e atingiu mais de R$ 12 bilhões. O Dieese levantou ainda que, apesar da diminuição no número de acordos coletivos, 75% dos contratos firmados neste ano pela indústria tiveram ganho real ou reajuste salarial acima da inflação.

“É um ambiente em que, com certeza, é possível que o empresário tenha condição financeira de atender o pedido, principalmente na reposição da inflação, isso é indiscutível”, afirma o coordenador, em entrevista à repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, da TVT, sobre a pauta de reivindicações dos cerca de 180 mil trabalhadores químicos no estado na base da CUT.

Assista à íntegra da reportagem: