São Paulo – Professores da rede municipal de ensino de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, decidiram, em assembleia realizada nessa quarta-feira (19), manter a greve iniciada na semana passada. Os docentes pedem a regularização dos pagamento de salários que, há quase dois anos, sofrem atrasos e parcelamentos e reivindicam melhores condições às escolas da região.

De acordo com a diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe/Caxias) Ana Carolina Almeida, os professores já chegaram a ficar quatro meses sem receber os salários ou tiveram sua remuneração parcelada em oito vezes. Além disso, há um ano e oito meses, o pagamento tem sido escalonado, com menores salários sendo pagos primeiro, mesmo assim com atrasos.

As condições são insalubres também para os alunos. Segundo o sindicato, as escolas apresentam rachaduras, vazamentos, falta de materiais básicos de ensino e de uniforme para os estudantes. Diante do descaso, a categoria defende a criação de um calendário de pagamentos que inclua professores ativos e inativos, já que uma parte ainda não recebeu o 13º salário de 2017 e os aposentados sofrem com atrasos ainda maiores. Os professores pedem também a inclusão de cargos no plano de carreira e a volta de gratificações que foram cortadas.

Em nota, a prefeitura de Duque de Caxias, administrada por Washington Reis (MDB), afirma que depositou na terça-feira (18) os salários referente ao mês de agosto dos professores ativos que ganham até R$ 4.406 líquidos e que os aposentados receberão os salários de julho. A nota prossegue dizendo que os novos pagamentos serão realizados nos próximos dias, de acordo com a entrada de receitas.

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