Mauá

Terceirizados de refinaria mantêm greve e recebem apoio dos petroleiros

Trabalhadores da Manserv reivindicam 2,5% de reajuste e vale-alimentação de R$ 600. Nova audiência de conciliação está marcada para esta quinta-feira (2)

REPRODUÇÃO/CONSTRUMOB

Em assembleia, trabalhadores da Manserv recusaram oferta da empresa e decidiram manter paralisação

São Paulo – Trabalhadores terceirizados que atuam no setores de montagem e manutenção da Refinaria de Capuava (Recap) da Petrobras, em Mauá, na região do Grande ABC, decidiram seguir em greve, em assembleia realizada nesta quarta-feira (1º), após recusar oferta “insuficiente” apresentada pela empresa Manserv. A paralisação foi iniciada na última quinta-feira (26), e atinge a totalidade dos 220 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário em Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (Construmob).

Também nesta quarta (1º), os petroleiros da Recap adiaram a entrada do turno da manhã em manifestação de apoio aos grevistas terceirizados. “É muito importante, nesse momento de perda de direitos, que os trabalhadores se mantenham unidos. Foi com essa união que no passado conseguimos avançar em conquistas e garantir direitos. Na prática, somos todos Petrobras, somos todos petroleiros, independentemente do crachá”, afirmou o diretor do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro SP) Renato Lorett. 

Na terça-feira (31), representantes dos trabalhadores e da Manserv tiveram audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não chegaram a acordo. Os terceirizados da Recap reivindicam reajuste salarial de 2,5% e vale-alimentação de R$ 600. Os recém-contratados alegam que seus rendimentos estão defasados em relação aos demais trabalhadores.

A empresa não ofereceu proposta de reajuste, alegando que os contratos foram firmados em fevereiro. Já sobre o vale-alimentação, a proposta subiu para R$ 370, ante os R$ 300 oferecidos anteriormente, mas foi recusada pelos trabalhadores. Nova audiência foi marcada para esta quinta-feira (2). “Vamos ver se chegamos a um denominador comum, mas está difícil. A greve está bem forte e os trabalhadores coesos. Se não chegar uma proposta a contento, a greve continua, a menos que o TRT declare ilegal a paralisação”, afirmou o secretário-geral do Construmob, Geovã Evangelista.

 

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