São Paulo – Depois de 17 anos, um grupo de geólogos, ex-funcionários da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), vai receber indenização em processo trabalhista proposto em 2001 pelo Sindicato dos Engenheiros de Goiás. A ação era para receber adicional de periculosidade, já que os profissionais trabalhavam com pesquisa mineral e mapeamento geológico. Nesta segunda-feira (20), sete dos 12 trabalhadores participaram de audiência na 3ª Vara do Trabalho de Goiânia. A CPRM é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

“Foi uma batalha jurídica e tudo o que podia acontecer de incidentes processuais aconteceu, mas, no final, prevaleceu a justiça”, afirmou o advogado do sindicato José Gilberto de Oliveira. Segundo ele, durante a tramitação foram interpostos 42 recursos. O processo foi três vezes ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O juiz Luciano Fortini informou que decidiu chamar os credores para que eles escolhessem a forma como queriam receber, por causa do alto valor total do crédito. Os geólogos concordaram com a liberação de recursos ao procurador do caso, para repasse posterior. 

“Uma justiça feita após 37 anos de trabalho dedicados à empresa”, disse Gilberto, um dos geólogos aposentados, que segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª Região saiu da UTI há quatro dias. “A gente tá fazendo justiça. Desde aquela época já tínhamos o direito ao adicional de periculosidade e só viemos a receber agora, na hora de aposentar”, acrescentou João.

Com informações do TRT da 18ª Região (Goiás)