De norte a sul

Trabalhadores de todo o país reforçam luta contra reforma da Previdência

Petroleiros, bancários, fiscais da receita, trabalhadores rurais e movimentos sociais promovem série de ações para barrar enterrar de vez as mudanças nas aposentadorias pretendidas pelo governo Temer

Gibran Mendes/CUT

Manifestantes dialogam com a população no centro de Curitiba sobre os riscos da reforma do governo Temer

São Paulo – Por todo o país, trabalhadores do campo e das cidades, de diversas categorias, e movimentos sociais e a população realizam uma série de atos e protestos nesta segunda-feira (19) contra as mudanças na Previdência que o governo ainda tenta aprovar. São greves, paralisações, manifestações e trancamento de rodovias, realizados por movimentos sociais, centrais sindicais e pela população. 

Apesar de reduzidas as chances de aprovação, por conta da Intervenção Federal no Rio de Janeiro – que paralisa a tramitação de alterações constitucionais – os trabalhadores exigem a retirada definitiva da proposta que altera as regras das aposentadorias. 

No Rio de Janeiro e em São Paulo, os bancários mantiveram agências fechadas em vários bairros até o meio-dia. O sindicatos orientaram a categoria a participar das manifestações previstas para o final da tarde na Avenida Paulista e na Cinelândia. No Rio, o fechamento concentrou-se na região central e atingiu afetou também prédio administrativos. Houve fechamento de agências também em vários estados.

“O governo ainda não tem os votos necessários. Por isso, inclusive, está usando a estratégia de desvio de atenção do tema com a intervenção militar. Temos condições de pressionar os congressistas em ano de eleição. Nossa categoria tem consciência disso e está mobilizada. No que depender dos bancários, a reforma da Previdência está enterrada”, afirma a presidenta do sindicato local, Adriana Nalesso. 

A presidenta do sindicato da categoria em São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, alertou ainda que a “reforma” trabalhista posta em vigor no final do passado, somada à tentativa de mudar as regras previdenciárias praticamente inviabilizam o direito dos trabalhadores à aposentadoria. Ouça:

Em Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima, em Suape, amanheceu com as suas atividades paralisadas. Na capital, Recife, bancários e trabalhadores da Receita Federal também pararam as atividades nas agências. Cidades do interior, como Caruaru e Petrolina, também mantiveram postos da Receita fechados.

No interior do Piauí, trabalhadores rurais e das cidades bloquearam a BR 316, próximo ao acesso ao município de Picos. Eles devem seguir, em manifestação, até a sede do INSS, na cidade. Na Bahia, a BR 093, conhecida como Via do Cobre, também registrou bloqueio ainda durante a madrugada.

Em Brasília, auditores fiscais da Receita, que negam a existência de déficit nas contas da Previdência, receberam os parlamentares com protestos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. 

Em Belo Horizonte, trabalhadores da saúde paralisaram as atividade e realizaram assembleia realizada na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro. 

No sul do país, professores estaduais e manifestantes dialogam com a população de Curitiba, com panfletagem no terminal Guadalupe, no centro da capital, para alertar a população sobre os impactos das mudanças nas aposentadorias. 

Em Porto Alegre, integrantes das centrais e movimentos sociais fizeram  caminhada até o Aeroporto Salgado Filho, e realizam panfletagem no saguão do terminal para alertar a população sobre os impactos da reforma. 

Petroleiros da da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), junto com os petroquímicos e terceirizados, paralisaram as atividades por uma hora e meia nesta manhã contra a reforma da Previdência. 

Em Chapecó (SC), trabalhadores também protestam em uma das agências do INSS. Com faixas, eles denunciam os bilhões devidos por grandes empresas aos cofres da Previdência. 

Confira as imagens:

 

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