Transporte coletivo

Metroviários de São Paulo entram em greve contra privatização do metrô

Linhas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás funcionam parcialmente na manhã desta quinta-feira (18)

Willian Moreira/Futura Press/Folhapress

Metroviários protestam contra a privatização de duas linhas do sistema: 5-Lilás e 17-Ouro

São Paulo – As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás do metrô de Sào Paulo funcionam parcialmente na manhã desta quinta-feira (18), por conta da greve dos metroviários contra a privatização de duas linhas do sistema: 5-Lilás e 17-Ouro, cuja leilão será realizado amanhã (19), na Bolsa de Valores. A paralisação é por 24 horas.

Até as 8h30 de hoje, trechos das linhas 1-Azul (entre as estações Saúde e Luz), 2-Verde (Ana Rosa a Vila Madalena), 3-Vermelha (Bresser-Mooca até Marechal Deodoro) e 5-Lilás (Capão Redondo a Adolfo Pinheiro) estavam funcionando parcialmente. A linha 15-Prata está totalmente fechada.

Além de defender a empresa pública, o processo de licitação das linhas foi direcionado, segundo os metroviários, estabelecendo condições que só uma empresa pode cumprir, a CCR. O governo nega e diz acreditar em concorrência. Ainda de acordo com os trabalhadores, o lance inicial previsto no leilão (R$ 189,6 milhões) não chega a cobrir sequer os investimentos iniciais do estado – e será financiado com dinheiro público, por meio do BNDES.

Manifestação nesta sexta contra privatizações

A Linha 17-Ouro tinha previsão inicial de entrega em 2014 e ainda se encontra em obras. Deve ligar a estação Morumbi de trens da CPTM ao Aeroporto de Congonhas. A Linha 5-Lilás foi construída pela CPTM, inaugurada 2002 para percorrer trecho entre Capão Redondo e Largo Treze. Tudo na zona sul de São Paulo.

A linha foi transferida ao Metrô em 2007. Hoje opera até o bairro do Brooklin e leva 274 mil pessoas por dia. Com a previsão de extensão até se conectar com as linhas 1-Azul e 2-Verde, na região central, deve atrair 800 mil usuários, segundo a companhia.

Nesta sexta-feira (19), será realizado um ato público contra a privatização, em frente à Bovespa (Rua 15 de Novembro, centro), onde está marcado o leilão de privatização. Além dos metroviários, o ato contará com a participação de trabalhadores de várias áreas, estudantes e movimentos sociais.

Metroviários: por que a privatização é lesiva à população

Com a greve, foi liberado o rodízio de carros de passeio e o serviço da zona azul. Em nota, a Companhia do Metropolitano (Metrô) lamentou a decisão e afirmou que acionou o seu plano de contingência. 

 

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