comunicação pública

Trabalhadores da EBC fazem greve contra intransigência e censura da direção

Segundo os jornalistas e radialistas da empresa pública, foram sucessivas reuniões sem que a direção da EBC demonstrasse disposição de negociar. Além de não apresentarem proposta de reajuste, querem retirar cláusulas conquistas em acordo anterior

SJSP

Paralisação dos trabalhadores da EBC foi decidida em assembleia no último dia 10

São Paulo – Jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entraram em greve a partir da meia-noite desta terça-feira (14), depois de a direção da empresa pública se negar a discutir reajuste salarial e ameaçar retirar direitos previstos em acordo coletivo. 

Os trabalhadores denunciam que a EBC quer congelar salários e propôs reajuste zero para cláusulas econômicas, como vale-refeição, auxílio-creche e auxílio para pessoas com deficiência. Quer, ainda, acabar com o vale-cultura e com a multa em caso de descumprimento do acordo coletivo. 

Eles afirmam que a greve é decorrente da intransigência da EBC em negociar com os funcionários. Foram oito reuniões em que a empresa não apresentou propostas para cláusulas econômicas. Enquanto os trabalhadores cederam em diversos pontos que buscavam avançar, de modo a preservar o acordo coletivo anterior, a EBC recuou apenas pontualmente na sua proposta que avança sobre direitos conquistados. 

Em defesa da comunicação pública, os jornalistas e radialistas da EBC denunciam ainda perseguições políticas, casos de censura e ameaças da parte da diretoria nomeada pelo governo Temer há um ano. 

Com sede em Brasília e filiais no Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Rio Grande do Sul, a EBC faz a gestão da TV Brasil, TV Brasil Internacional, Agência Brasil, Portal EBC, Radioagência Nacional e do Sistema Público de Rádio – composto por oito emissoras.

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