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Vagner Freitas: presidente do TST erra ao dizer que retirar direitos cria emprego

Presidente da CUT rebate entrevista de Ives Gandra: 'O que gera emprego é crescimento econômico'

PLANALTO

Gandra defendeu flexibilização de direitos sociais, previstos na reforma de Temer, a pretexto de se criarem empregos

São Paulo – Em resposta à entrevista do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da CUT, Vagner Freitas, em artigo publicado em seu blog, critica a fala do magistrado. “O que gera emprego, senhor ministro, não é flexibilização, é crescimento econômico. Sem aumento do crédito, investimentos em máquinas, ciência, tecnologia e educação o país não voltará a crescer, muito menos gerar emprego decente e renda.”

Na segunda-feira (6), Gandra defendeu flexibilização de direitos sociais a pretexto de se criarem empregos. Freitas rebate o argumento e lembra os resultados positivos conquistados pelos governos de Lula e Dilma. “Eles criaram 22 milhões de empregos com carteira assinada. Com Temer, apesar do desmonte trabalhista, estamos com uma taxa de desemprego de 12,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano”, afirma. “Os trabalhadores conquistaram aumento real de 77% no valor do salário mínimo e reajuste acima da inflação em 84,5% das negociações salariais para mais de 300 categorias profissionais”, acrescenta o líder da CUT, ainda referindo-se ao período dos governos petistas (2003-2016).

Para Vagner, o ministro do TST representa os desejos “do empresariado conservador, ganancioso e explorador de trabalhadores e trabalhadoras”. “Não podemos aceitar a leviandade como ele usou seu cargo em detrimento do real papel da Justiça do Trabalho, que não é defender empresário e, sim, “conciliar e julgar as ações judiciais entre trabalhadores e empregadores”, critica.

Na próxima sexta-feira (10), centrais sindicais e movimentos sociais vão às ruas para o Dia Nacional de Mobilização em defesa dos direitos, contra a Lei 13.467 (de “reforma” trabalhista), a ameaça de mudanças na Previdência Social e a Portaria 1.129, do Ministério do Trabalho, que alterou o conceito de trabalho escravo e foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.

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