braços cruzados

Jornalistas do ‘Diário de S.Paulo’ entram em greve

Paralisação foi decidida na semana passada e ratificada em assembleia. Trabalhadores sofrem com pagamentos atrasados e precarização no jornal antes conhecido como 'Diário Popular'

Flaviana Serafim/SJSP

Nesta quarta-feira (11), às 15h, os jornalistas discutirão os rumos da greve e realizarão nova assembleia

São Paulo – Jornalistas do Diário de S.Paulo entraram em greve nesta terça-feira (10). Eles cruzam os braços, por tempo indeterminado, em protesto contra os atrasos de salários, benefícios, férias e no recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A paralisação foi decidida na semana passada e ratificada em assembleia. A direção do jornal ainda não efetuou os pagamentos e nem apresentou proposta para abertura de negociação, mesmo após ser notificada formalmente pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).

De acordo com o sindicato, os trabalhadores têm enfrentado frequentes atrasos salariais e precarização do trabalho, como telefone cortado, falta de água, ar-condicionado quebrado e contratação de estagiários pejotizados. Em janeiro, os funcionários fizeram protestos pelo mesmo motivo.

Nesta quarta (11), às 15h, os jornalistas discutirão os rumos da greve e realizarão nova assembleia, em frente à sede do jornal, localizado na Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.

O jornal centenário chamava-se Diário Popular até 2001, quando foi vendido para as Organizações Globo, o que iniciou um processo de descaracterização da publicação, que teve o nome alterado para Diário de S.Paulo e depois de algum tempo deixou a tradicional sede, na região central, na mesma rua que abrigou os jornais O Estado de S.Paulo e Gazeta Mercantil. A empresa mudou de mãos novamente por duas vezes nos últimos anos.

 

Leia também

Últimas notícias