Sem 'modernização'

Metalúrgicos de várias centrais se unem em campanhas e contra reforma

Categoria tem data-base no segundo semestre. Alguns setores empresariais já pretendem discutir com base na nova lei

CNTM

Metalúrgicos buscam união para “resistir a toda essa barbárie que o governo Temer quer cometer”

São Paulo – Metalúrgicos de vários sindicatos e vinculados a diversas centrais vão realizar ações conjuntas durante este segundo semestre, período de data-base, para reforçar as campanhas salariais e resistir às iniciativas de mudanças com base na recente lei de “reforma” trabalhista. Pelo menos um setor patronal, o do Grupo 3, que em São Paulo reúne empresas de autopeças, forjaria e parafusos, já quer aplicar itens como o fim da ultratividade, princípio pelo qual uma convenção coletiva se mantém válida até que outra entre em vigor.

Participaram de encontro na manhã de hoje (4), na sede do sindicato de São Paulo (Força Sindical), dirigentes ligados também à CTB, CUT, CSP-Conlutas, Intersindical e UGT. Eles também aprovaram a organização de um “dia nacional de luta”, em setembro, além de um plenária com metalúrgicos de todo o país.

“Na base dos metalúrgicos não vai ter reforma trabalhista”, disse o presidente do sindicato de São José dos Campos, interior paulista, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá. “Vamos resistir a toda essa barbárie que o governo Temer quer cometer contra os trabalhadores.” 

Na última terça-feira (1º), a FEM-CUT, federação que reúne os metalúrgicos da base da central no estado de São Paulo, se reuniram com representantes do Grupo 3, que não assina a convenção coletiva há três anos. Segundo o diretor do sindicato do ABC Claudionor Vieira do Nascimento, o setor empresarial “se sente à vontade por conta da reforma sancionada pelo governo”.

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