Organização

CUT se reúne nos estados e prepara congresso nacional

Central avalia conjuntura política e ações contra o governo e por democracia. Entidade fará congresso nacional extraordinário no final de agosto

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Presidente estadual da CUT Douglas Izzo não descarta articulação de nova greve geral

São Paulo – A CUT está realizando congressos estaduais, em caráter extraordinário, para avaliação da conjuntura e discussão de estratégias contra a retirada de direitos e a ofensiva do governo Temer. Em São Paulo, por exemplo, a 15ª plenária estadual começa nesta sexta-feira (21) e termina amanhã, na Quadra dos Bancários, região central da capital. Os eventos são preparatórios para o encontro nacional, marcado para 28 a 31 de agosto, em São Paulo.

“Desde a posse da atual direção, enfrentamos um golpe, o congelamento de investimentos em setores fundamentais, a aprovação de reformas que retiram direitos, entre outros retrocessos, que exige de nós discutirmos a atual conjuntura e os impactos dessas transformações para o conjunto da classe trabalhadora”, afirma o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, também coordenador da plenária.

“Não saímos da rua durante todo esse período. Os ataques aos trabalhadores e trabalhadoras e aos setores populares colocam novamente na ordem do dia a intensificação das mobilizações e, se for necessário, a preparação de uma nova greve geral”, avalia o presidente estadual da CUT, Douglas Izzo. “Um governo fruto de um golpe, afundado em denúncias de corrupção, não tem legitimidade para aprovar qualquer mudança que retire direitos historicamente constituídos. E é nesse contexto que se insere a realização do nosso congresso, que irá debater estratégias de luta e resistência.”

Em Pernambuco, o congresso estadual seria aberto ontem à noite, com encerramento previsto para domingo (22), no Assentamento Normandia, em Caruaru. “O Brasil vive um momento de fragilidade democrática pois atravessa um Estado de exceção. Então o congresso terá um caráter particular neste ano. Vamos dialogar com o movimento social sobre a retirada de direitos dos trabalhadores para buscar saídas para essa conjuntura difícil”, diz o secretário de Comunicação da CUT-PE, Fabiano Moura, também diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.