Não às reformas

Bancários aderem a protesto: em SP, movimento atinge 30 mil

De acordo com sindicato, manifestações chegaram a 212 locais de trabalho, sendo 200 agências e 12 centros administrativos. No Rio, foram 248 agências e cinco centros

Sind. Bancários Pará

Em Belém, bancários fecharam agências contra as reformas do governo Temer

São Paulo – Balanço parcial divulgado no início da tarde desta sexta-feira (30) pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informa que 212 locais de trabalho foram atingidos pelo dia de protestos, sendo 200 agências e 12 centros administrativos. No total, aproximadamente 30 mil trabalhadores participaram. Centrais sindicais e movimentos sociais fazem atos por todo o país contra as reformas da Previdência e trabalhista, em tramitação no Congresso. 

“Os trabalhadores não aceitam retrocesso nos direitos trabalhistas. Vemos isso nas ruas, nas redes sociais e nas pesquisas de rejeição das reformas trabalhistas e previdenciárias, cujo índice é de 90% dos brasileiros, de acordo com pesquisa CUT-Vox. Entre os bancários, 80% da categoria votaram pela participação na greve desta sexta-feira e isso já é um resultado de apoio e mobilização contra a retirada de direitos”, afirmou a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira, também vice da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Não vamos aceitar desmonte nos direitos previdenciários e que rasguem a CLT.”

No Rio de Janeiro, 248 agências na região central ficaram fechadas. O movimento atingiu também cinco centros administrativos (Sedan, Andaraí, Santander, Bradesco e Almirante Barroso). A presidenta do sindicato, Adriana Nalesso, destacou a importância do acordo coletivo nacional no setor financeiro, mas alerta para os riscos da reforma. “A relação de trabalho pode ser fragmentada, o que enfraquece o trabalhador”, comentou.

“Caso a reforma trabalhista seja aprovada, o futuro da nossa categoria será incerto”, acrescentou Adriana. “Os funcionários dos bancos serão terceirizados e até pejotizados, serão tratados como empresas. Os clientes também vão ser afetados, a partir do momento em que a rotatividade, prevista na terceirização, coloca em risco o sigilo bancário.”

De acordo com a Contraf-CUT, bancários de todo o país fizeram assembleias e aderiram ao movimento. Onde não foi possível interromper atividades, os trabalhadores atrasaram a abertura e promoveram manifestações. 

“Temos a consciência de que muitos trabalhadores não participam da greve, mas é inegável que as categorias que aderiram conseguiram realizar manifestações e paralisações suficientes para chamar a atenção da sociedade e mostrar para deputados e senadores que, se eles votarem a favor das reformas que eliminam direitos trabalhistas, terão dificuldades de se eleger nas próximas eleições”, disse o presidente da confederação, Roberto von der Osten. “Vamos fazer pressão agora e, durante a campanha eleitoral, mostrar quem votou contra os trabalhadores.”

Confira imagens de diversas regiões:

SP BANCÁRIOSbancários sp.jpg
Agências de São Paulo permaneceram fechadas ao longo do dia
RJ BANCÁRIOSbancários rj.jpg
Agência fechada no centro do Rio
RBAbancários pr.jpg
Agências bancárias no centro de Curitiba também estão com as atividades paralisadas
COLETIVO GREVE POR DIREITOSbancários ceará.jpg
Em Fortaleza, bancários também aderiram à greve contra as reformas
RBAbancariospe.jpg
Em Pernambuco, bancários também fecharam agências da cidade

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