Contra as reformas

Servidores da seguridade social e do desenvolvimento agrário vão à greve geral

Trabalhadores da saúde, previdência e assistência social vão participar dos atos em todo o país; No Incra, estimativa de paralisação é de mais de 90%

CNTSS/CUT

Com o ajuste fiscal, cortes e desmonte de programas, trabalhadores da seguridades estão entre os mais afetados

São Paulo – Servidores da saúde, da previdência e assistência social vão aderir à greve desta sexta-feira. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT), a greve geral foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores em assembleias, uma vez que a agenda é considerada prioritária para o setor. 

Com os cortes de investimentos em áreas sociais e o desmonte de programas pelo governo de Michel Temer, os trabalhadores estão entre os mais prejudicados. “São estes profissionais que atuam diretamente no desenvolvimento e na execução das políticas públicas ou em áreas específicas das redes privadas que agem em correlação com o poder público os que estão sofrendo mais diretamente com o desmantelamento das políticas de bem-estar social que norteavam o Estado brasileiro até então”, disse o presidente da CNTSS, Sandro Alex de Oliveira Cezar.  

“As duras medidas de enxugamento do Estado e de implementação do ajuste fiscal recaem sobre estas áreas causando drásticos efeitos na manutenção de emprego e nas relações e condições de trabalho e, por consequência, comprometem a qualidade dos serviços prestados à população.”

Incra

A Cnasi-Associação Nacional, que representa associações e sindicatos de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), estima paralisação de mais de mais de 90% dos 4.300 servidores alocados na sede, em Brasília, nas 30 superintendências regionais e 48 unidades avançadas.

“A estimativa vem da mobilização e das assembleias. A adesão dever variar também conforme cada localidade. A orientação nacional é que cada unidade delibere sobre a participação nesta sexta-feira”, disse o presidente da Cnasi, Reginaldo Marcos Aguiar.

De acordo com a entidade, os servidores se juntam aos demais do poder Executivo na defesa de seus direitos enquanto agentes do Estado e cidadãos. E, em particular, por questões como redução orçamentária, metas difíceis de serem atingidas, déficit e sobrecarga de recursos humanos, assédio moral, baixa remuneração e uso político de cargos e recursos financeiros.