À espera do diálogo

Servidores cobram resposta da prefeitura de São Paulo sobre pauta

'Disseram que vão marcar uma mesa, uma data, mas não tem nada de concreto', afirma o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais

Sindsep

“Parece que o interesse não é tratar da coisa pública, do serviço público, fazer a gestão dos equipamentos”, diz Sergio Antiqueira

São Paulo – Em 22 de fevereiro, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) entregou uma série de reivindicações ao secretário municipal de Gestão, Paulo Uebel, após definir em assembleia, na semana anterior, os principais pontos de sua campanha salarial. Na terça-feira (12), a entidade cobrou uma resposta da administração a respeito da pauta, mas obteve um retorno vago.

“Disseram que vão marcar uma mesa, uma data, mas não tem nada de concreto em relação às reivindicações dos servidores”, disse, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual, o presidente do Sindsep, Sergio Antiqueira.

“Eles disseram que vão fazer uma mesa de negociação, chamar outras entidades e associações do funcionalismo. Mas aí se dissipa, e acho que o objetivo é esse mesmo, 1º de maio está aí, que é a data da nossa revisão anual, e estamos desde 2016 sem nenhum valor proposto, já que geralmente a prefeitura acumula dois anos para mandar o projeto”, aponta Antiqueira.

O sindicato pede reajuste para todo o funcionalismo municipal com base na inflação medida pelo ICV-Dieese de maio a dezembro de 2016, acrescido da projeção de janeiro a abril de 2017, com 10% de aumento real, totalizando um índice de 15,8% para a data base de 1º de maio. Os servidores pedem também 26,8% para as carreiras de nível básico e médio, valor referente às perdas estimadas entre maio de 2013 e abril de 2016.

Outro ponto importante da pauta apresentada à prefeitura, de acordo com Antiqueira, é a questão dos concursos públicos. “Temos a expectativa de que sejam nomeados mil servidores concursados e até agora nada. Assistentes sociais, veterinários, várias carreiras precisam de reposição, mas parece que o interesse não é tratar da coisa pública, do serviço público, fazer a gestão dos equipamentos.”

Segundo o presidente do Sindsep, os servidores vão aderir à greve geral do dia 28 e farão uma nova paralisação em 11 de maio para que Doria responda às reivindicações.

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