'demolição'

Greve geral é caminho para barrar reformas, afirma Diap

Amanhã (28), dezenas de categorias irão parar contra as retrocessos na Previdência e na legislação trabalhista

Ricardo Stuckert

Diap: amanhã o Brasil vai parar para demonstrar insatisfação de todos os trabalhadores

São Paulo – A greve geral que será realizada amanhã (28) pelos trabalhadores brasileiros é o “grande caminho” para barrar as reformas da Previdência e trabalhista do governo federal. A afirmação é do presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Celso Napolitano, em entrevista à TVT, ontem (26).

Celso disse acreditar que a mobilização desta sexta-feira será significativa. “Amanhã o Brasil vai parar para dar uma demonstração inequívoca da contrariedade de todos os trabalhadores contra essas deformas. Não é uma reforma, é uma demolição de todos os direitos trabalhadores e das leis trabalhistas”, disse.

Na noite da quarta-feira (27), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 6.787, que altera mais de 100 artigos da CLT, de acordo com o substitutivo do relator, Rogério Marinho (PSDB-RN), por 296 votos a 177. Celso Napolitano também desmente o argumento de que a consolidação da CLT é ‘ultrapassada’. “Enganosamente, estão dizendo que a lei trabalhista é uma legislação ultrapassada, muito pelo contrário, ela é uma consolidação, ou seja, é um resumo de todas leis que foram apresentadas ao longo do tempo, que está sendo modificada de 1943.”

Nesta sexta, dezenas de categorias profissionais irão parar contra as reformas do governo Temer. Motoristas e cobradoresvão paralisar as atividades. Os professores estaduais, municipais e privados, os aeroviários, os bancários (em 22 estados), os metalúrgicos (sete estados), os comerciários (seis estados), os eletricitários, os químicos, os petroleiros e os trabalhadores de saneamento básico e dos Correios também paralisarão. Os servidores públicos das demais áreas, inclusive do Judiciário, farão paralisações em todas as capitais e dezenas de cidades médias. Trabalhadores do Porto de Santos também aprovaram a greve.

 

 

 

 

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