Passo atrás

Temer recua e retira servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência

Governo diz reforçar princípio federalista, mas medida busca reduzir a resistência popular contra a proposta

Beto Barata/PR

Com o recuo, policiais e professores das redes estaduais e municipais ficam fora do projeto enviado ao Congresso

São Paulo – O presidente Michel Temer (PMDB-SP) anunciou na noite desta terça-feira (21) a retirada de servidores públicos estaduais e municipais da proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso NacionalA justificativa, alega, é reforçar o princípio federativo, concedendo autonomia aos estados e municípios para decidirem sobre a questão. A decisão faz com que professores da rede pública estadual e policiais estaduais, entre outras categorias vinculadas aos governos dos estados, fiquem de fora.

A decisão serviria também para desmobilizar essas categorias dos protestos contra a proposta de reforma. Em São Paulo, por exemplo, professores municipais seguem em greve contra a reforma e por reivindicações salariais e condições de trabalho. 

Continuam dentro da reforma apresentada pelo governo os servidores públicos federais, bem como os trabalhadores da iniciativa privada, caso dos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Com o recuo, Temer também atende a pressões da sua própria base no Congresso. “Isso agrada a base. É um pleito da base sendo atendido pelo governo. Cada estado trata dos seus funcionários e nós aqui, a nível federal, tratamos dos servidores públicos federais”, disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da comissão especial criada para analisar a proposta da reforma da Previdência, que acompanhou Temer durante o anúncio da mudança. Setores do PSDB também pressionam por alterações na proposta.

Também estavam presentes no pronunciamento de Temer o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do projeto de reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), além dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Com informações da Agência Brasil 

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