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Trabalhadores do ‘Diário de S. Paulo’ entram em greve

Jornalistas e funcionários do setor administrativo reclamam de atraso de salários, descumprimento de direitos, demissões e más condições de trabalho, com falta d'água e telefones cortados

Divulgação

Funcionários do jornal, antigo ‘Diário Popular’, têm relatado dificuldades para ir trabalhar devido à falta de pagamento

São Paulo – Jornalistas e trabalhadores administrativos do Diário de S. Paulo entraram em greve nesta sexta-feira (13). A decisão foi tomada em assembleia na última segunda-feira (9), devido a constantes atrasos nos salários, não cumprimento de direitos trabalhistas e precariedade das condições de trabalho. Os trabalhadores ainda não receberam o 13º de 2016 e reclamam também que os depósitos do FGTS não estão sendo feitos. Eles ainda denunciam péssimas condições de trabalho, como falta de água para consumo e nos banheiros, telefones cortados e ar-condicionado quebrado, além de demissões.

“É uma situação que se arrasta há vários meses. Atrasos de salários, a empresa não deposita o FGTS, e começaram o ano com atraso também no 13º”, confirma Priscila Chandretti, diretora do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã de hoje.

Segundo ela, funcionários do jornal inclusive têm relatado dificuldades para ir trabalhar devido à falta de pagamento. Em conversa com representantes do sindicato, o gestor do jornal afirma que espera receber cerca de R$ 1 milhão até domingo (15), mas não se comprometeu a destinar o valor para quitar as dívidas com os trabalhadores.

A paralisação deveria começar ontem, mas segundo o Sindicato dos Jornalistas a direção da empresa recusou-se a receber na portaria o aviso de greve, que, por lei, deve ser comunicada com 48 horas de antecedência – o aviso foi enviado pelos Correios e chegou na quarta-feira (11).

O jornal tem esse nome desde setembro de 2001. Até então, chamava-se Diário Popular. Nos últimos 15 anos, mudou três vezes de dono. Nas últimas semanas, devido à falta de pagamento, sua distribuição para bancas e assinantes sofreu interrupções.

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