‘Diário de S. Paulo’ paga salário atrasado após pressão dos trabalhadores e greve é suspensa
São Paulo – A mobilização dos profissionais do jornal Diário de S. Paulo, que hoje (13) entraram em greve devido aos atrasos de salários e más condições de trabalho, resultou em […]
Publicado 13/01/2017 - 16h55
São Paulo – A mobilização dos profissionais do jornal Diário de S. Paulo, que hoje (13) entraram em greve devido aos atrasos de salários e más condições de trabalho, resultou em avanços parciais, segundo nota do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), que apoiou o movimento. Ainda na tarde desta sexta-feira, a direção do jornal pagou o salário de dezembro e o vale-transporte, o que fez os trabalhadores suspenderem a paralisação.
Os jornalistas PJ ainda seguem sem pagamento do salário do mês passado, que deveria ter sido quitado na última terça-feira (10). Apesar da suspensão da paralisação, o estado de greve continua porque o 13º ainda não foi quitado e o futuro dos profissionais continua incerto.
Os jornalistas do Diário de S. Paulo mantém-se em estado de greve desde o ano passado devido aos atrasos frequentes no pagamento de salários e benefícios, à falta de repasse do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à Previdência e do Imposto de Renda à Receita Federal, o que tem levado vários trabalhadores a cair na malha fina. Além disso, desde o início do ano sete profissionais foram demitidos.
A precariedade também é o cenário cotidiano dos profissionais, que enfrentam péssimas condições de trabalho como demissões, contratação de estagiários “PJ”, ar-condicionado quebrado, falta de água e telefone cortado.
Prática antissindical
Segundo relatam os empregados, a direção da empresa também ameaçou, com demissão por justa causa, os trabalhadores que participarem das assembleias organizadas pelo Sindicato dos Jornalistas para discutir as saídas da crise enfrentada pelos profissionais há meses. Para o presidente da entidade, Paulo Zocchi, trata-se de um comportamento de intimidação. “Isso é inadmissível e o sindicato exige que essas intimidações parem imediatamente, pois a organização do trabalhador é um direito garantido por lei e vamos tomar todas as medidas cabíveis para coibir as práticas antissindicais da empresa.”