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Trabalhadores do ramo químico podem iniciar greve na próxima semana

Coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo afirmou que intransigência dos empresários em negociar reajuste salarial da categoria pode levar à paralisação

Eduardo Oliveira/Sind. Químicos SP

Trabalhadores têm intensificado a campanha nas portas de fábricas e podem aprovar greve na próxima semana

São Paulo – O coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Osvaldo Bezerra, o Pipoka, afirmou hoje (27), em entrevista à Rádio Brasil Atual, que a categoria avalia a possibilidade de paralisar as atividades na próxima semana se os empresários do setor mantiverem a postura de não querer negociar. “Entregamos a pauta de reivindicação há mais de 30 dias e só tivemos uma única rodada de negociação. Se não houver mais reunião, provavelmente vamos para a greve na semana que vem”, afirmou.

Este ano a categoria está discutindo somente cláusulas econômicas. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 14%, piso da categoria de R$ 2 mil, e que a participação nos lucros ou resultados (PLR) nas empresas que não têm programa próprio seja de R$ 4 mil. Os trabalhadores do ramo químico no estado de São Paulo são aproximadamente 330 mil (180 mil na base da CUT e 150 mil na da Força Sindical). A data-base da categoria é 1º de novembro.

“Estamos esperando resposta patronal para uma última reunião de negociação entre os dias 28 e 31 de outubro. Está bastante difícil este ano. Estamos indo às portas de fábricas e explicando aos trabalhadores que estamos enfrentando uma particularidade que após 13 anos de negociação com o país sob o comando de um governo democrático e popular, nós pela primeira vez estamos enfrentando uma negociação com o país em uma condição diferente, por conta da situação política brasileira”, disse Pipoka.

Segundo o dirigente, a crise econômica não afetou a indústria química. “Há setores ‘bombando’ e outros que estão mais devagar, mas não dá pra dizer que está afetando o setor. Este ano em particular nós tivemos menos demissão do que no ano anterior. Quando a crise pega, a primeira coisa que o patrão faz é cortar postos de trabalho para economizar”, avaliou o coordenador.

Confira a entrevista completa para Rádio Brasil Atual: