São Paulo – Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o acordo negociado pelos bancários na campanha salarial deste ano representará injeção de R$ 12 bilhões na economia do país. Após 31 dias de greve, encerrada na quinta (6), a categoria obteve reajustes nos salários, nos vales refeição e alimentação e na participação nos lucros ou resultados (PLR), além de abono.

O reajuste de 8% nos salários para cerca de 504 mil trabalhadores, mais o abono de R$ 3.500, representam acréscimo anual de cerca de R$ 5,771 bilhões na economia.

Já a PLR deve acrescentar mais R$ 5,470 bilhões nos próximos 12 meses. Só com a antecipação do pagamento da PLR, a ser realizada dez dias após a assinatura da convenção coletiva da categoria, o impacto na economia será de cerca de R$ 2,127 bilhões.

Os reajustes de 15% e 10% nos auxílios alimentação e refeição somam outros R$ 877,525 milhões. Todos os reajustes obtidos na campanha alcançam, portanto, o montante de R$ 12,118 bilhões.

• Só a luta te garante. Leia artigo de Roberto von der Osten,  presidente da Contraf-CUT

“Temos que parabenizar principalmente a categoria bancária. Foram dias e dias de paciência e de fé verdadeiras”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.

“Em um ambiente de alta incerteza política e econômica e ataque aos direitos dos trabalhadores, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale alimentação, refeição e auxilio creche para toda a categoria no país e a criação de um centro de realocação e requalificação profissional, com o objetivo de combater as demissões no setor”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira.

O acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será assinado quinta-feira (13).