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Após ato contra sucateamento, secretário de Alckmin recebe policiais civis

Categoria acusa o governo do estado de 'investir no caos quando se trata de segurança pública'. Segundo o movimento, atualmente há um déficit de 14 mil policiais civis

São Paulo – Revoltados com o que definem de “sucateamento” da segurança pública, policiais civis realizaram hoje (21) um ato público contra o governo de Geraldo Alckmin. A manifestação teve início em frente ao Palácio da Polícia e culminou diante do prédio da Secretaria de Segurança Pública, onde os manifestantes exigiram ser recebidos pelo secretário Mágimo Barbosa Filho.

Na pauta do movimento batizado de SOS Segurança Pública, a nomeação dos candidatos aprovados nos últimos concursos públicos da polícia civil e da polícia técnica cientifica, além da abertura de novo concurso para todas as carreiras; a recomposição salarial e o cumprimento da lei que trata da aposentadoria especial da categoria, com integralidade e paridade de proventos.

“Chega de mentiras, queremos explicações”, afirmou, de cima do caminhão de som, o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado (Sipesp), João Rebouças. Segundo ele, o sucateamento nas condições de trabalho tem impedido os policiais de investigarem e, como consequência, apenas 2% dos casos são esclarecidos.

O movimento afirma haver um déficit de cerca de 14 mil integrantes na corporação, somando todas as carreiras, além da redução do efetivo que, em 2006, era composto por 31 mil policiais e hoje tem 28 mil.

Ao final do ato, após alguma relutância, o secretário Mágimo Barbosa aceitou receber um representante de cada um dos sindicatos presentes. Ainda assim, a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Telemática Policial (Sintelpol), Gildete dos Santos, prometeu que o ato de hoje era apenas o primeiro de muitas manifestações. “Onde o governador estiver, também estaremos incomodando. Vamos estampar a cara dele em todas as manifestações”, afirmou.