campanha salarial

Em primeiro dia de greve, 35 mil bancários de São Paulo aderem à mobilização

Balanço também revela que 680 locais de trabalho fecharam, dos quais 16 são centros administrativos e 664 são agências. Durante a greve, o autoatendimento nas agências funciona normalmente

danilo ramos/sind. bancários sp

Desde 2012, bancos eliminaram 23 mil postos de trabalho

São Paulo – O primeiro dia de greve dos bancários hoje (6) teve a adesão de 35 mil trabalhadores na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. O balanço deste início de mobilização também revela que 680 locais de trabalho fecharam, dos quais 16 são centros administrativos e 664 são agências. Durante a greve, o autoatendimento nas agências funciona normalmente.

“O fim da greve depende dos bancos. Esperamos que eles façam, nesta sexta-feira, nova proposta condizente com seus lucros”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Desde 2012 os bancos eliminaram mais de 23 mil postos de trabalho. Somente o HSBC, sexto maior banco do país, conta com 20 mil trabalhadores. É como se um banco desse porte houvesse sido eliminado por essa política de cortes que prejudica não só a categoria, como toda a população que precisa dos serviços bancários”, afirma.

Entre as reivindicações desta campanha salarial da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com 9,31% de reposição da inflação; PLR de três salários, mais R$ 8.297,61 e salário mínimo segundo o Dieese, de R$ 3.940,24 (confira abaixo a lista completa de reivindicações).

A próxima assembleia será realizada na segunda-feira (12), na Quadra dos Bancários, a partir das 17h, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento.

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país.

Nos últimos 12 anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.

Reivindicações dos bancários

•      Reajuste Salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%
•      PLR – três salários mais R$ 8.297,61
•      Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24)
•      Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 880)
•      14º salário
•      Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
•      Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
•      Melhores condições de trabalho nas agências digitais
•      Mais segurança nas agências bancárias
•      Auxílio-educação

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