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Lava Jato e restrições fiscais enfraquecem construção civil, diz Dieese

Taxa de desemprego na construção civil cresceu em regiões metropolitanas, como São Paulo, Porto Alegre e Salvador, entre 2011 e 2015

Agência Brasil

Estudo do Dieese também revela que o nível de escolaridade entre os trabalhadores do setor cresce progressivamente

São Paulo – “Há um impacto muito grande da crise econômica, especialmente, dos efeitos da Operação Lava Jato nos contratos das grandes obras. Mas não só isso. Há as restrições fiscais que têm gerado impacto ruim sobre o investimento público, que repercute no investimento privado. Portanto, não são só os governos que não fazem a contratação de obras, mas também as empresas”, afirmou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em entrevista à Rádio Brasil Atual, hoje (19), ao avaliar os impactos negativos da crise político-econômica no setor da construção civil.

O Dieese disponibilizou ontem (18) o Boletim do Trabalho e Construção que faz uma radiografia do setor. Segundo Clemente, a análise mostra que a taxa de desemprego na construção civil cresceu em várias áreas metropolitanas, como São Paulo, Porto Alegre e Salvador, principalmente entre 2011 e 2015. Em 2015, havia 1,145 milhão de trabalhadores nas cinco regiões pesquisadas, diminuição de 1,7% em relação a 2011.

Em números absolutos, o maior contingente estava em São Paulo (682 mil), enquanto o menor foi observado no Distrito Federal (71 mil).

O estudo também revela que o nível de escolaridade entre os trabalhadores da área cresce progressivamente. “Os trabalhadores do setor de construção vêm elevando o nível de escolaridade, mas ainda predomina o nível médio incompleto.”

O estudo mostra quanto o setor é importante para a geração de empregos e um tipo de ocupação que dá um sentido ao desenvolvimento econômico. O setor de construção deve ser pujante na nossa sociedade”, diz o diretor técnico do Dieese.

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