São Paulo – Em mais um ato que compõe a campanha salarial nacional, os bancários protestam hoje (15), a partir das 13h, na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Eles vão percorrer as ruas da região, que conta com inúmeras agências bancárias, para divulgar as principais reivindicações da categoria, que tem data-base em 1º de setembro.

Eles pedem reajuste salarial de 14,78%, índice que contempla a inflação prevista para os 12 meses até a véspera da data-base (1º de setembro) mais 5% de aumento real, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões nos bancos.

Os bancários também querem participação nos lucros ou resultados (PLR) equivalente a três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo calculado pelo Dieese em junho), vale-refeição de R$ 40, vale-alimentação de R$ 880 (com um 13º) e 14º salário, entre outros itens.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, afirma que os bancários devem se unir a outras categorias que também fazem campanha no segundo semestre contra a ameaça de retirada de direitos.

“Uma de nossas prioridades é a manutenção do emprego. Os bancos insistem em dizer que demitem pouco, mas de janeiro de 2012 a junho de 2016, o setor bancário com seu peso de apenas 1% no estoque de empregos foi responsável por 5,3% do saldo negativo de empregos em toda a economia formal do país”, disse Juvandia.

A minuta com as reivindicações da campanha foi entregue no última terça-feira (9) para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As primeiras rodadas de negociação serão realizadas quinta e sexta-feiras (18 e 19).

Só nos três primeiros meses do ano, o lucro líquido dos cinco maiores bancos que atuam no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander) atingiu a marca de R$ 13,131 bilhões, o setor que mais lucrou segundo levantamento da Consultoria Economática. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 6,2%, atingindo o valor de R$ 26,582 bilhões.