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Trabalhadores da CPFL Energia entram em greve

Trabalhadores receberam proposta de reajuste de 9,32% (0,5 ponto abaixo do INPC) e cobram 11,35% para outras verbas salariais e critérios transparentes de participação nos lucros. Empresa recorre ao TRT

DIVULGAÇÃO/CPFL

Sinergia promete garantir atendimento aos consumidores, assim como todas as situações de urgência e emergência

São Paulo – Trabalhadores da CPFL Energia entraram em greve hoje (25) por tempo indeterminado. A paralisação envolve cerca de 4 mil eletricitários das distribuidoras Paulista e Piratininga e das geradoras Geração e Brasil. As empresas atuam em Campinas, Americana, Itapira, Piracicaba, Sumaré, Lins, Marília, Bauru, Jaú, Botucatu, Franca, São Carlos, Jaboticabal, São Joaquim da Barra, Araraquara, Barretos e Araçatuba, no interior de São Paulo.

A categoria, representada pelo Sindicato dos Trabalhadores Enérgicos do Estado de São Paulo (Sinergia-CUT), com data-base em 1º de junho, denuncia impasse e falta de disposição da companhia nas negociações.

Na semana passada, após manifestações dos trabalhadores contra as propostas apresentadas, a CPFL Energia entrou com pedido de instauração de dissídio na Justiça do Trabalho, ainda sem data de audiência. “Na ocasião, promovemos protestos e repudiamos a tentativa da holding de judicializar a negociação, em mais uma atitude de intolerância à manifestação democrática e legítima dos trabalhadores”, denuncia o Sinergia.

Os trabalhadores indicaram possibilidade de aceitar a proposta de reajuste salarial de 9,32% – 0,5 ponto percentual abaixo do INPC acumulado. No entanto, cobram um percentual superior, de 11,35%, para o reajuste de verbas como vale-refeição, alimentação e outros direitos que compõem seus vencimentos. A empresa negou.

O presidente do Sinergia, Edmar Feliciano, diz ainda que a empresa pretende modificar o índice de produtividade que determina o acesso ao Programa de Participação de Lucros (PPL), que consta de acordos anteriores. Segundo a entidade, como os critérios sinalizados pela companhia seriam menos transparentes, a proposta desagradou os trabalhadores e influenciou na decisão pela paralisação. Edmar também denuncia “prática antissindical” da companhia, que pretende reduzir o mandato do dirigente sindical de três para um ano, apenas durante a vigência do acordo anual.

O sindicato promete garantir o atendimento aos consumidores, assim como todas as situações de urgência e emergência. “Nossa greve também é por mais qualidade da energia que chega à população, em queda pela precarização das condições de trabalho e pela falta de manutenção preventiva”, diz a entidade.


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