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Servidores da Fazenda acusam Alckmin de desvio de finalidade

Governador pretende ceder prédio da Escola Fazendária para a Secretaria do Planejamento. 'Alckmin está matando sonhos, matando escolas', afirmou servidor

Sinafresp/divulgação

Cerca de 250 pessoas se concentraram na frente da Fazesp

São Paulo – Servidores realizaram hoje (8) ato em frente ao prédio da Escola Fazendária do Estado de São Paulo (Fazesp), na região central da capital. Eles acusam o governador Geraldo Alckmin (PSDB) de desvio de finalidade após o anúncio de que o prédio da instituição será doado para a Secretaria do Planejamento.

“O local era usado para capacitação, cursos para os fiscais. Hoje, os agentes fiscais em geral estão sendo prejudicados por terem menos treinamentos e acesso à capacitação que é diretamente revertida em melhores condições de arrecadação, e se traduz em mais e melhores serviços para a população como um todo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo (Sinafresp), Alfredo Maranca.

No ato, cerca de 250 manifestantes realizaram um abraço simbólico em defesa da entidade. Eles alegam que além dos agentes fiscais, que ficarão prejudicados por não terem mais acesso a cursos, servidores de outras secretarias que trabalham com o Fisco também devem sentir os impactos, pois a Fazesp realiza treinamentos também para outras áreas. “O descaso com a instituição revela um preocupante desprestígio do ideal modernizador e dificulta o combate ao sucateamento da máquina administrativa”, afirmam em nota.

O prédio passou recentemente por uma reforma, financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “O fato é estranho, mas é verdadeiro. Os recursos das obras de melhoria, que somam mais de 5 milhões de reais, embora tenham sido contratados exclusivamente para a Fazesp, quem ficará com o prédio é a Secretaria do Planejamento. A Fazenda terá sua escola relegada a terceiro plano em claro prejuízo com o futuro da arrecadação de São Paulo”, continua a nota.

Para Paulo Henrique Cruz, trabalhador da Corregedoria de Fiscalização Tributária (Corfisp), o cenário é preocupante. “Quando você mata uma escola, você mata também a cidadania. Alckmin está matando sonhos, matando escolas. O problema da educação é um problema sério no nosso país e no estado. Não é doando prédio de escola que o problema será resolvido, pelo contrário, serão criados outros”, afirmou.

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