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Central das Américas faz congresso no Brasil com Mujica e Lula

CSA considera mobilização pelo impeachment um 'ataque contínuo dos setores políticos mais conservadores e reacionários'

Antonio Augusto/Câmara dos Deputados/fotos públicas

CSA: atrás do processo de impeachment, estaria uma ofensiva contra ‘agenda de avanços sociais e políticos’

São Paulo – A Central Sindical das Américas (CSA) abre na noite de hoje (26) seu terceiro congresso, que será realizado em São Paulo. Às 17h de amanhã, estão previstas as presenças dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José “Pepe” Mujica. As brasileiras CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT, além da Confederação Nacional dos Profissionais Liberais (CNPL), são filiadas à CSA, que reúne 56 centrais de 22 países, com quase 60 milhões de trabalhadores na base. Entre delegados e convidados de 40 países, 500 pessoas devem participar do evento, que vai até sexta-feira (29).

Na semana passada, a CSA divulgou nota contra o processo de impeachment, referindo-se à decisão tomada pela Câmara no último dia 17 como um “ataque contínuo dos setores políticos mais conservadores e reacionários, junto a interesses econômicos nacionais e internacionais e com auxílio direto das grandes corporações de mídia”. Por trás dessa iniciativa, estaria uma ofensiva contra “a agenda de avanços sociais e políticos dos últimos 13 anos”.

Para a central, o “golpe parlamentar” visaria ainda a retomar a orientações de interesses geopolíticos dos Estados Unidos e “desmantelar os processos de integração dos quais o Brasil é peça-chave”, como Mercosul, Unasur, Celac e Brics. A entidade pede a organismos internacionais, como OEA, Celac, Unasur e Mercosul, além das Nações Unidas, que continuem “dando respaldo à institucionalidade democrática e ao Estado de direito no Brasil”.

No último dia do congresso vão discursar o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, e o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.