em nota

Professores paulistas rechaçam proposta de reajuste salarial de 2,5% de Alckmin

Último reajuste dos professores foi em agosto de 2014: 11,25%. Era a parte final de um montante de 45% que deveria repor as perdas acumuladas nos dez anos anteriores

Marlene Bergamo/Folhapress

No ano passado, as assembleias de professores chegaram a reunir 60 mil docentes de vários pontos do estado

São Paulo – O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) emitiu nota na tarde de hoje (28), assinada por sua presidenta, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, rechaçando proposta da Secretaria da Educação que prevê 2,5% de reajuste salarial linear para todos os profissionais da educação, em lugar do bônus financeiro anual da categoria, suspenso pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Não dá para iniciar uma conversa sobre um reajuste tão insignificante”, afirmou a Apeoesp.

Segundo a entidade, o percentual está muito distante do que é necessário para a valorização da categoria, sobretudo no caso dos professores estaduais paulistas, que estão há dois anos sem reajuste salarial, com perdas significativas de poder aquisitivo. “Por isso, a diretoria da Apeoesp recusou este percentual na própria reunião”, informou o sindicato.

O secretário José Renato Nalini recebeu os representantes da Educação à tarde, enquanto os demais servidores foram recebidos pela manhã.

O último reajuste dos professores foi em agosto de 2014: 11,25%. Era a parte final de um montante de 45%, pagos em quatro anos desde 2011, que deveria repor as perdas que os docentes tiveram nos dez anos anteriores. No ano passado, mesmo com a maior greve da história da categoria – 92 dias – o governo Alckmin não concedeu aumento. A inflação entre agosto de 2014 e fevereiro deste ano foi de 15,98%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O salário-base de um professor de educação básica nível II, com carga horária de 40 horas semanais é de R$ 2.415,89. O reajuste proposto por Alckmin acrescentaria R$ 60,40 aos vencimentos. Os docentes vão realizar uma assembleia no próximo dia 8, às 14h, na Praça Roosevelt, centro da capital, e não descartam a possibilidade de iniciar uma nova greve.


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