Aplicação de pesquisa mostrou sintonia com anseios populares, diz CUT

Vox Populi mostrou em estudo que propostas da Central Única dos Trabalhadores para o Brasil retomar o crescimento encontram amplo apoio em todos os segmentos da sociedade brasileira

Sinte-RN/CUT

Crescimento, preservação de direitos, justiça, inclusão e garantia de emprego: pautas da CUT e da sociedade

São Paulo – Estratificação social da pesquisa CUT/Vox Populi realizada em dezembro do ano passado, em todos os segmentos demográficos e socioeconômicos, mostram que as propostas da central sindical para o país sair da crise e pautar desenvolvimento econômico e social, com redução das desigualdades, inclusão social e geração de emprego, são amplamente apoiadas por todos os setores da sociedade.

Realizada entre os dias 11 e 14 de dezembro, a pesquisa ouviu trabalhadores da iniciativa privada, autônomos, empresários (pequenos, médios e grandes), funcionários públicos, profissionais liberais, donas de casa, estudantes, desempregados e aposentados sobre as propostas da CUT para temas como ampliação da oferta de crédito, programas para ajudar pequenas e médias empresas e para dificultar que demissões sejam a primeira medida tomada por empresas em períodos de redução de atividade econômica.

Segundo a central, as propostas formuladas para o Brasil retomar o desenvolvimento obtiveram aprovação quase unânime em todos os segmentos sociais. Entre elas, a pergunta se ajudaria o país a sair da crise criar um programa para ajudar pequenas e médias empresas, obteve percentuais positivos de 86% entre os trabalhadores/privados, 88% autônomos, 92% empresários, 95% funcionários públicos, 91% profissionais liberais, 82% donas de casa, 84% estudantes, 86% desempregados e 81% aposentados.

Essa aprovação, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, mostra que estamos em sintonia com o desejo da sociedade que quer sair da pauta da crise e ver o Brasil voltar a se desenvolver. É preciso melhorar o cenário econômico e, para isso, “é preciso quebrar resistências, unir toda a sociedade para a construção de consensos em torno de propostas como as que a CUT vem fazendo nos últimos anos”.

Outra proposta da CUT com o mesmo objetivo, a de aumentar a oferta de crédito para fortalecer o mercado consumidor, também é vista pela sociedade como uma forma de ajudar o país. Responderam positivamente a essa pergunta 64% dos trabalhadores/privados, 68% dos autônomos, 69% dos empresários, 63% dos funcionários públicos, 65% dos liberais, 61% das donas de casa, 58% dos estudantes, 66% dos desempregados e dos aposentados.

Pautas como a redução da taxa de juros para geração de mais emprego e renda também são apoiadas pela maioria da sociedade. Os percentuais ultrapassam 93% – ver material anexo.

Já bandeiras históricas da Central, como a cobrança de impostos sobre grandes fortunas, um item pouco debatido na mídia nacional, que bate na eterna pauta do impostômetro, divide a população – metade é a favor e metade é contra, em todos os estratos sociais. A surpresa da pesquisa é que o maior percentual de aprovação foi entre os empresários. Para 55% deles, a medida ajudaria o país. Entre os trabalhadores da iniciativa privada o percentual dos que concordam que a medida ajudaria caiu para 51%.

Alguns itens obtiveram percentuais favoráveis à pauta da classe trabalhadora acima de 80% em todos os estratos sociais, inclusive entre o empresariado, como é o caso da aposentadoria. Acreditam que o governo não deveria mexer nas regras da aposentadoria 90% dos trabalhadores do setor privado, 88% dos trabalhadores autônomos, 84% dos empresários, 86% dos funcionários públicos, 92% dos profissionais liberais, 86% das donas de casa, 85% dos estudantes, 90% dos desempregados e 81% dos aposentados.

A pesquisa CUT-Vox Populi foi aplicada em áreas urbanas e rurais de todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal. Foram entrevistadas duas mil pessoas, maiores de 16 anos, de todos os estratos sociais.

Cada questão (proposta, bandeira ou pauta) apresentada aos entrevistados vinha seguida de uma pergunta, com quatro alternativas de resposta: você acha que isso: a) ajudaria o país; b) prejudicaria o país; c) nem prejudicaria nem ajudaria; e, d) NS – não sabe ou NR – não respondeu.

A margem de erro, para o total do estudo, é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Com informações da CUT Nacional