práticas antissindicais

Petroleiros organizam ato de repúdio à violência policial contra sindicalista

Trabalhadores e representantes de centrais sindicais realizaram manifestação contra a repressão da Polícia Militar da Bahia, que prendeu coordenador do Sindipetro daquele estado

Sindipetro BA

Vagner Freitas (e): “A agressão sofrida pelos companheiros baianos só fortalece a luta da categoria”

São Paulo – Centenas de trabalhadores e dirigentes sindicais realizaram hoje (5) um ato em apoio à greve dos petroleiros, deflagrada no domingo (1º), e ao representante dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, coordenador do Sindipetro da Bahia, preso pela Polícia Militar baiana na terça-feira (3). Os sindicalistas argumentam que a violência sofrida pelo conselheiro partiu de ordem do gerente geral da estatal Ney Argolo.

“O que sofremos somente nos deixou mais motivados para defender, custe o que custar, os interesses do povo brasileiro, que é manter a Petrobras pública, mesmo que nossas vidas e empregos estejam em xeque”, disse o coordenador. Ele reforçou o repúdio a qualquer atitude violenta, que pode, em vez de intimidar, intensificar a mobilização dos trabalhadores.

O ato contou com a presença do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, e do presidente da CUT, Vagner Freitas. Rangel defendeu a importância da greve diante de um cenário adverso para a estatal. “Não podemos acreditar nas mentiras contadas pela mídia, que está querendo o sucateamento da empresa para que seja vendida a preço de banana, assim como a criminalização dos movimentos sindicais, para que percam a credibilidade junto à sociedade”, disse.

Para o presidente da CUT, a Petrobras da Bahia utiliza métodos antissindicais. “Depois de mandar a polícia agredir e prender sindicalistas, a estatal, com ajuda do Judiciário baiano, conseguiu uma liminar que estipulou uma multa diária de R$ 50 mil por funcionário que seja impedido de entrar na empresa durante a greve e o bloqueio de dois milhões de reais dos cofres da Sindipetro”, denunciou Freitas.

O ato foi realizado com a paralisação da Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, no Recôncavo Baiano, e posterior fechamento do Trevo da Resistência, no quilômetro 4 da rodovia BA-522, que dá acesso ao complexo.

Com informações da FUP e da CUT


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