Reestruturação

Ministro vai pedir à Usiminas que suspenda demissões

Com desativação de áreas na usina de Cubatão (SP), cortes poderiam chegar a 4 mil

São Paulo – O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, informou que solicitaria ainda hoje (4) a suspensão por quatro meses das demissões previstas para a unidade da Usiminas em Cubatão, na Baixada Santista, devido à desativação de algumas áreas. Ele se reuniu com uma comitiva liderada pela prefeita Marcia Rosa de Mendonça Silva (PT), que foi a Brasília ao lado de representantes dos trabalhadores, da indústria local e parlamentares. O número de cortes pode chegar a 4 mil, entre empregos diretos e indiretos. Na área de siderurgia, a Usiminas tinha 12.551 funcionários no final de 2014.

Em 29 de outubro, a emprsa anunciou um “ajuste de sua configuração industrial e capacidade produtiva”, com o objetivo de fortalecer competitividade em um cenário de “progressiva deterioração do mercado siderúrgico”. Assim, a Usiminas iniciaria de imediato um processo de desativação, temporária, de diversas áreas da usina, em um processo que deverá estar concluído de três a quatro meses. Um dos dois alto-fornos já havia sido desligado em maio. O objetivo é concentrar operações nas áreas de laminação e no terminal portuário, interrompendo a produção de placas de aço.

A empresa disse ter “consciência do impacto social desta medida sobre a empregabilidade na região da Baixada Santista”, mas que a decisão foi motivada “para a própria sustentabilidade da Usiminas como empresa e, como total movimentadora de uma cadeia produtiva estratégica para a companhia”. Em seu balanço mais recente, a companhia informou ter tido prejuízo de R$ 1,042 bilhão no terceiro trimestre, acumulando resultado negativo de R$ 2,058 bilhões no ano.

Rossetto informou que encaminharia um pedido de suspensão das demissões ao presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, e disse que convidaria o executivo para uma reunião, ao lado do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Estamos preocupados com o impacto econômico do fechamento das atividades para a região.”

A unidade era da antiga Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), privatizada em 1993.

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